Nenhuma ciência ou pesquisa é estática. Uma praxis no meio de pesquisa é a constante atualização dos estudos, tão logo se comprove a consistência das novidades. Ao encontro desta filosofia, venho apresentar novidades quanto à instalação/utilização do
Token para assinatura digital, pré requisito para encaminhamento de processos advocatícios e de outras áreas.
Destaco que este tem sido um problema recorrente no meio jurídico, haja vista a dificuldade de bibliotecas para instalação do referido token, em sistemas operacionais livres, como o Linux. Porém, graças à visão de uma das fabricantes, a
VALID Certificadora, o aplicativo de gerenciamento do token, foi disponível para sistemas operacionais 64 bits e 32 bits.
Baseado nas esclarecedoras orientações disponíveis em
Guicolândia, escrevi um primeiro artigo onde, por meio do Ubuntu 14.04 [
Token de Certificação para Assinatura Digital OAB - Instalação no Ubuntu 14.04/15.04 [Artigo]], seria possível o funcionamento do referido token. A escolha desta versão mais antiga do Ubuntu se deu pelo fato de que, conforme relatado em Guicolândia, o Ubuntu teve suas bibliotecas de compilação alteradas a partir de sua versão 15.10, o que inviabilizaria a instalação do aplicativo de gerenciamento do token, disponibilizado pela VALID.
Por se tratar de uma versão LT (Long Term - Longo período de atualização), busquei pela versão 15.04 do Ubuntu, sem sucesso. Restando-me, portanto, a instalação da versão 14.04. Porém, como este é uma versão mais antiga do referido sistema operacional, deparei-me com algumas dificuldades que foram, em maior parte, resolvidas:
- LibreOffice desatualizado - Apesar de aumentar o tempo e trabalho de instalação, em relação ao apresentado no presente artigo, esta foi uma dificuldade facilmente contornada com a instalação de uma versão mais nova do LibreOffice, conforme descrito em artigo ANDRE
- Dificuldade na instalação do ambiente MATE, que é o meu preferido e que vem como um dos padrões da distribuição Linux Mint. Infelizmente para esta questão, tive que me contentar com o ambiente XFCE4, que atendeu parcialmente minhas expectativas de uso.
- Limitação de uso de vídeo HDMI - No caso, a limitação representa a necessidade de se iniciar o sistema com o cabo HDMI conectado, uma vez que esta conexão não era reconhecida após a inicialização do sistema, mesmo com o uso das teclas de alternância de tela do teclado.
- Bug de audio HDMI - Este foi o "golpe de misericórdia" de minha insatisfação quanto a utilização da solução Ubuntu 14.04. Não achei válido o trabalho de atualização do kernel para resolução de um bug HDMI de saída de áudio.
Mesmo com as problemáticas acima, a questão do uso do token estava resolvida, uma vez que havia uma plena funcionalidade do mesmo. Porém, não era uma solução final plenamente satisfatória. A situação mudou quando acidentalmente descobri, após um teste intuitivo, de que o compilador do Linux Mint 17.3 (Rose) não possuíam os problemas relatados em Guicolandia, encontrados a partir da versão 15.10 do Ubuntu e nem os problemas relatados no
artigo ANDRE referentes ao Ubuntu 14.04. Ou seja, a solução perfeita: livre de problemas, mais prática e ágil que o método descrito em
artigo ANDRE.
O Linux Mint iniciou-se como um projeto de proposta para um "Ubuntu pleno" como, por exemplo, a pré-instalação de bibliotecas de softwares proprietários, como MP3 etc. Porém, no decorrer, o projeto foi ganhando contornos próprios, inclusive filosóficos como, por exemplo, o incentivo a não atualização do sistema, mas instalação "pura" de uma nova versão, conforme relatado por
Differ. Posteriormente o Linux Mint se desvinculou definitivamente de seu "pai" (Ubuntu), para se ligar ao seu "avô" (Debian), passando a adotar, inclusive os repositórios de aplicativos do mesmo. Por esta razão, não é mais possível fazer uma comparação direta de versões entre o Linux Mint e o Ubuntu.
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