Recuperação de arquivos do LibreOffice

Sabe quando seu arquivo do LibreOffice simplesmente para de funcionar com todos os dados lá dentro? Tem como resolver...

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Por: Bruno Rafael Santos em 17/03/2016 | Blog: https://cutt.ly/4H7vrPh


Desenhos, Apresentações e Planilhas



Desenhos

O que se aplica ao ODT (texto), se aplica ao ODG (gráficos). A estrutura interna dos dois é parecida e o content.xml é o arquivo que contém as curvas e gráficos que o Draw produz. Estrutura interna do ODG:
  • Configurations2
  • META-INF: mapa de arquivos
  • Thumbnails
  • content.xml: conteúdo do arquivo
  • meta.xml
  • mimetype
  • settings.xml
  • styles.xml

A estrutura mínima do arquivo ODG, assim como no ODT, se resume ao content.xml e META-INF. Se você consegui salvar estes dois de um arquivo corrompido, poderá recuperar a maior parte do trabalho. Fiz o mesmo tipo de experimento que fiz para o ODT. Bastou transplantar o content.xml para ter a maior parte do conteúdo.

Apresentações

As apresentações ODP são ainda mais parecidas com os textos ODT do que os desenhos ODG e do mesmo modo, a estrutura mínima se resume ao arquivo content.xml e ao diretório META-INF. Assim como no ODT as imagens ficam no Pictures, porém, para recuperá-las você precisará do META-INF. Alias, sempre que o próprio LibreOffice reclamar de arquivo corrompido é provável que o problema seja o META-INF.

Planilhas

A estrutura das planilhas ODS é idêntica ao que já vimos no caso do ODT. Valem as mesmas regras também:
  • content.xml contem os dados do documento, neste caso, a planilha em si.
  • META-INF regula as relações entre arquivos, você precisará dele para recuperar gráficos e outros objetos, fora planilhas.
  • Assim como no ODT, as planilhas e outros objetos do ODF são guardados separadamente, enquanto que imagens estáticas são armazenadas em Pictures quando possível.

Conclusão

Bem pessoal, espero que a informação seja útil. Notem que quando forem utilizar esses métodos, dependo do grau de corrupção dos dados, pode ser que seja ineficiente. Por outro lado, podem ser extremamente úteis para lidar com problemas menores.

Outras utilidades que vimos, como extrair as imagens originais e as versões anteriores podem ser práticas ao lidar com arquivos que possuam muitas imagens ou versões e você esteja interessado em revisar ou recuperar parte delas. Extrair a versão anterior também é uma forma de recuperar um arquivo danificado, com alguma perda, mas com menos dor de cabeça.

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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. Bancos de Dados
   3. Arquivos de texto
   4. Desenhos, Apresentações e Planilhas
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Comentários
[1] Comentário enviado por JOPAGO em 17/03/2016 - 20:57h

PArabens, muito bom o artigo. Favoritado.

[2] Comentário enviado por henriquejne em 22/03/2016 - 21:45h

Boa iniciativa já compartilhei no Face, muita gente vai gostar....

[3] Comentário enviado por hrcerq em 26/03/2016 - 21:12h

Excelente artigo.

Está aí mais uma demonstração de como os formatos abertos são importantes para a resiliência dos documentos.

---

Atenciosamente,
Hugo Cerqueira

[4] Comentário enviado por andre_martins em 23/10/2017 - 23:20h

Olá, obrigado pela dica. Um dúvida: para escrever um documento de texto utilizando o LibreOffice que necessite ser sempre compatível com o formato .DOC, vc sugereria utilizar o salvamento sempre no formato .DOC ou utilizar sempre o padrão de arquivo nativo do LiOff, o ODT?

Minha pergunta se relaciona mais com os possíveis bugs que possam ocorrer no LibreOffice (algumas vezes tive arquivos corrompidos).

Obrigado.
AM

[5] Comentário enviado por hrcerq em 24/10/2017 - 12:50h


[4] Comentário enviado por andre_martins em 23/10/2017 - 23:20h

Olá, obrigado pela dica. Um dúvida: para escrever um documento de texto utilizando o LibreOffice que necessite ser sempre compatível com o formato .DOC, vc sugereria utilizar o salvamento sempre no formato .DOC ou utilizar sempre o padrão de arquivo nativo do LiOff, o ODT?

Minha pergunta se relaciona mais com os possíveis bugs que possam ocorrer no LibreOffice (algumas vezes tive arquivos corrompidos).

Obrigado.
AM


Se você precisa compartilhar os documentos no formato DOC, uma opção interessante é salvar primeiramente em ODT, e somente na hora de compartilhar salvar uma cópia em DOC.

Ou seja, você abre o arquivo em ODT, edita e salva em ODT (assim você evita problemas de compatibilidade na hora de abrir o documento novamente). Em seguida, salva uma cópia em DOC e compartilha. Infelizmente o arquivo DOC é binário, e portanto ele não pode ser descompactado e seu conteúdo visualizado em editores de texto simples, como no caso do ODT.

---

Atenciosamente,
Hugo Cerqueira

[6] Comentário enviado por santosbrc em 24/10/2017 - 14:59h

O Hugo tem razão. Eu também utilizo o doc com as minhas equipes de trabalho, então salvo tudo no ODT e emito um DOC sempre que necessário. A compatibilidade com o DOCX melhorou bastante ultimamente então o tenho utilizado mais que o DOC. A dica geral é evitar estruturas automáticas como índices, referencias cruzadas e variáveis. Na hora de importar de volta o conteúdo modificado, utilize o Editar > Comparar para a tarefa. Fiz a editoração e revisão de um livro inteiro assim, é bem prático.

[7] Comentário enviado por andre_martins em 24/10/2017 - 22:30h

Olá Hugo e Rafael,

Muito obrigado pelas dicas.
Vou mudar meu approach então, tinha deixado já habilitado o LO para salvar sempre em .DOC; vou deixar no formato nativo ODT, e somente fazer a conversão para .DOC quando for necessário, com o documento o máximo pronto. Como tenho uma segunda máquina que roda OSX, eu vou fazer a conversão primeiro para DOCX e, do macbook, passar para .DOC, pois assim eu já tenho experiência que costuma funcionar.
De qualquer forma, o LibreOffice com o Mint é uma opção incrível, estou realmente muito satisfeito.
Pensei em testar o Open Office também, mas aparentemente ele está meio que abandonado... e eu particularmente não gostei do WPS.
Vou investir no aprendizado e compatiblidade de meus artigos, tese e trabalhos no LO.
Obrigado, abraços,

AM

Linux Mint.


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