1) Memória e memória swap (também chamada memória virtual): Esse é o gargalo mais comum de todos. Memória swap é um espaço no HD reservado para funcionar como uma memória auxiliar; quando a memória RAM está cheia ou próximo de seu limite, as informações são transferidas para a memória swap. Assim, mesmo que um computador tenha por exemplo apenas 128MB de memória RAM, é possível usar mais do que isso através de armazenamento de dados pouco utilizados da memória RAM para a memória virtual.
O problema: a velocidade de transferência de dados do HD é muito inferior à de uma memória convencional. Esse processo deixa o computador muito lento. As empresas que montam computadores, sabendo disso, fazem computadores com pouca memória, pois os compradores normalmente importam-se apenas para a velocidade do processador e o tamanho do HD. Deste modo a memória do computador torna-se insuficiente muito rapidamente, incentivando a compra de um computador inteiramente novo (quando na verdade a necessidade é apenas de expansão da quantidade de memória).
2) RPM do HD: A velocidade de giro de um HD pode ser o motivo da lentidão do seu PC. Drives de armazenamento antigos costumam girar à 3600 RPM ou 5400 RPM, enquanto que HDs modernos giram à 7200 RPM.
Por isso, sempre que estiver aproveitando um HD antigo, evite inserir nele arquivos grandes, importantes para o sistema operacional ou de acesso constante. Use-o para armazenar arquivos pequenos, como documentos, músicas e imagens. Em um pc-matusalém com
Linux, como normalmente as placas-mãe não reconhecem HDs de grande capacidade, instale o HD antigo como primary master e o HD novo como primary slave, na hora de instalar o sistema, monte uma partição do HD antigo como "/boot" e o HD novo como "/". Assim o HD antigo, que é reconhecido pela placa-mãe, permite que o gerenciador de boot (Grub ou LiLo) possa rodar o sistema no HD mais rápido, que com
Linux não precisa do reconhecimento do HD novo no BIOS.
Além disso é interessante usar um cabo flat de 80 vias em HDs novos, eles evitam interferência, garantindo a possibilidade de configurar U-DMA acima de 33 MB/s;
3) Placas de rede: Computadores em rede conversam na velocidade da placa mais lerda, evite placas de 10 Mb/s. Hoje as placas mais usadas são de 100 Mb/s, sendo elas o suficiente para a maioria das situações. Placas gigabit (1000 Mb/s) são, por enquanto, sub-utilizadas; assim, por exemplo, apesar de todas as placas da rede inteira serem capaz de trabalhar à 1000 Mb/s, o resto do hardware dos computadores limita a velocidade, não sendo possível trabalhar à 1000 Mb/s (há exceções); mesmo quando o hardware permite a utilização máxima de placas gigabit (computadores atuais), as oportunidades para aproveitar ao máximo uma placa como essa geralmente são poucas (vide próxima página para mais esclarecimentos).
4) Gravadores de mídia: Não há necessidade de preocupar-se com drives de disquete, por outro lado há de se atentar com gravadores de CD e DVD. Para gravar uma mídia qualquer é preciso que os dados passem do HD para a memória e para a mídia, a velocidade e quantidade de memória é essencial para a velocidade da gravação.
Um 233 MHz com 64 MB de memória, por exemplo, dificilmente conseguirá gravar CDs velocidades superiores a 10x. Em computadores arcaicos mantenha o mínimo de aplicações abertas para maximizar a velocidade da gravação. Em computadores novos isso não costuma ser um problema. É importante observar também a velocidade que a própria mídia aceita.
5) Aquecimento: Computadores esquentam. A regra geral é, quanto mais frio melhor. Quanto mais novos os PCs, mais o aquecimento deve ser preocupante; o aquecimento, além de diminuir o desempenho geral, causa travamentos e, em último caso, queima de peças. Se for preciso, encha seu gabinete de ventoinhas. Em computadores antigos, quase não há problemas com aquecimentos; já vi um 233 MHz funcionar horas com o cooler parado, sem qualquer problema (não faça isso em casa).
6) USB: Plugue sempre dispositivos USB que podem, e devem, trabalhar em alta velocidade (como pendrives, HDs externos, leitores e gravadores de CD, Modens ADSL com velocidades superiores à 2 Mb/s, etc) em controladores USB 2.0. A diferença entre a velocidade do USB 1.1 e o USB 2.0 chega a ser 40 vezes para o segundo. Para mais informações sobre USB, vide quarta página.