Visando agradar a gregos e troianos, a ECS (
Elitegroup Computer System) desenvolveu uma nova categoria de PCs, os chamados Desknotes, uma combinação de desktop e notebook que se verifica não só pelo nome, mas também nas características.
Para quem não sabe, a ECD é uma empresa asiática considerada prima ou meio-irmã da PCChip, nossa velha conhecida fabricantes de componentes (especialmente placas mãe) voltados para um segmento de mercado onde se prioriza o custo, geralmente em detrimento do desempenho. Seus produtos não são lá muito bem conceituados, mas convenhamos, "normalmente recebemos aquilo pelo que pagamos".
O i-Buddie4 (modelo da ECS com P4 Northwood de 1,6GHz) não mereceu elogios rasgados das críticas especializadas. Principalmente quando à refrigeração do microprocessador e suporte técnico oferecido, ou melhor, não oferecido pelo fabricante. Mesmo custando metade do preço de um laptop convencional de recursos equivalentes, nada justifica investir num equipamento que venha apresentar, logo de cara, um feixe de problemas. E, pior, toda um série de dificuldades na hora de se tentar resolvê-los, Quem quiser conhecer melhor esse produto da ECS, é só visitar:
A equação é simples: essas máquinas híbridas procuram aliar as vantagens dos modelos de mesa à comodidade dos notes, mas trabalham ligadas à tomada da parede, como os desktops ou com uma bateria externa (opcional). Em outras palavras, são equipamentos que parecem notebooks: são portáteis e ocupam pouco espaço. Só que integram componentes (HD, processador e módulos de memória, por exemplo) iguais aos dos desktops, o que lhes assegura menos preço e melhor desempenho, facilita e barateia eventuais upgrades e procedimentos de manutenção.
O espaço tradicionalmente ocupado pela bateria é utilizado para obrigar dispositivos destinados à refrigeração da CPU e geralmente não existe entrada para cartões PMCIA. Até o drive de disquetes é externo, ligado à máquina através de uma porta USB.
Os importados vêm com processadores mais lentos e baratos (C3, da VIA, ou AMD), mas alguns revendedores oferecem a possibilidade de adequar as configurações ao gosto do freguês. Para quem não abre mão do desempenho, um lembrete: "quanto mais potência a CPU, maior a necessidade de dissipação de calor, problema que se agrava nos portáteis porque o chip fica confinado num espaço bastante reduzido". O usuário terá sempre o desconforto de uma máquina mais quente, aspecto que pode comprometer sua durabilidade e "barulhenta". Merece os dispositivos mais robustos necessários a sua refrigeração.
Além dos costumeiros importadores independentes, alguns fabricantes se aventuram a comercializar desknotes, inclusive montando os equipamentos em terra brasilis. Ao que parece, apenas a ITAUTEC comercializa produtos de grife e tem um nome a zelar no mercado. O interessado certamente ficará mais bem servido com a segurança de uma marca desse calibre.