Durante o processo de boot do sistema, o processo init se encarrega de várias tarefas, dentre elas abrir os consoles virtuais. Esses consoles são aqueles que temos acesso alternando entre as teclas Alt+F1, Alt+F2, Alt+F3, etc.
Por default, ao iniciar o sistema, são abertos 6 consoles virtuais nomeados tty1, tty2, tty3, tty4, tty5 e tty6, cada um podendo ser acessado da maneira citada no parágrafo anterior. Quando o sistema está configurado para aceitar login via algum gerenciados gráfico (xdm, gdm, etc), tal gerenciador pode ser acessado através das teclas ALT+F7.
Sabendo disso, a pergunta é: como é possível controlar a quantidade de consoles virtuais criados na inicialização? A resposta é simples.
As configurações do processo init estão no arquivo /etc/inittab . Como o assunto aqui são os consoles virtuais criados no boot, vamos logo ao que interessa. No arquivo /etc/inittab, existe uma série de linhas da seguinte forma:
1:2345:respawn:/sbin/getty 38400 tty1
Essa linha indica ao init que após ele executar todos os scripts de inicialização, ele deve invocar um prompt de login (através do comando /sbin/getty) no terminal tty1. Assim, por padrão, o /etc/inittab vem com as seguintes linhas de configuração relacionadas a terminais:
1:2345:respawn:/sbin/getty 38400 tty1
2:23:respawn:/sbin/getty 38400 tty2
3:23:respawn:/sbin/getty 38400 tty3
4:23:respawn:/sbin/getty 38400 tty4
5:23:respawn:/sbin/getty 38400 tty5
6:23:respawn:/sbin/getty 38400 tty6
Isso significa que após a execução dos scripts de inicialização, são abertos 6 consoles virtuais. Portanto, para acrescentar ou diminuir a quantidade de consoles abertos no momento do boot, basta que estas linhas sejam editadas. Para excluir, por exemplo, o console tty6, bastaria comentar a seguinte linha:
#6:23:respawn:/sbin/getty 38400 tty6
Para acrescentar um console para que este seja acessível, por exemplo, através das teclas ALT+F9, acrescentaríamos a seguinte linha;
9:23:respawn:/sbin/getty 38400 tty9
Para testar o efeito das alterações, basta rebootar o sistema. Viram como é simples? Viva o
Linux!