hrcerq
(usa Outra)
Enviado em 15/09/2018 - 19:05h
De novo esse assunto sobre anti-vírus... às vezes eu caio no erro de achar que esse assunto está morto, mas ele sempre reaparece (tipo um zumbi), e todas as vezes cheio de senso comum por trás.
Quando você trabalha com um servidor que será acessado por estações de trabalho com Windows, faz sentido pensar em anti-vírus no Linux. Para qualquer outro cenário, não vale a pena. Explico:
- Um anti-vírus não é algo que fica no além e só aparece quando você precisa dele. Ele é um programa que ficará em execução no seu computador, fazendo leitura dos seus dispositivos de armazenamento e/ou dos dados que trafegam de e para o seu computador. Isso significa gasto de memória e processamento e desgaste também no dispositivo de armazenamento quando este for escaneado pelo anti-vírus. Usar um anti-vírus sem necessidade do mesmo é impactante para o sistema.
- Por que não é necessário? Porque no sistema de permissões do Linux você define quais arquivos podem ser executados. Para executar um vírus, você deve explicitamente dizer a ele que ele pode ser executado.
É importante lembrar que um anti-vírus não é substituto para boas práticas. Sem essas, não há software mágico que te mantenha seguro. Procure em fóruns (aqui mesmo no Viva o Linux, por exemplo) pra saber quantos casos de problemas com vírus foram reportados. Talvez você não ache nada, ou talvez veja um caso ou outro em que um elemento fez besteira no sistema e achou que era vírus.
Se você não adiciona repositórios de terceiros no seu sistema ou só adiciona repositórios confiáveis e não fica baixando scripts aleatórios e executando sem ver o que fazem, entre alguns outros cuidados básicos (especialmente os relacionados ao seu navegador Web, como usar o NoScript ou algo equivalente), você está seguro. Em contra-partida, se for um usuário descuidado que fizer essas besteiras, mesmo com um anti-vírus instalado, em algum momento vai acabar em apuros.
---
Atenciosamente,
Hugo Cerqueira
Devuan -
https://devuan.org/