removido
(usa Nenhuma)
Enviado em 01/06/2015 - 09:24h
Este é o meu primeiro post e aposto que este é um assunto que foi amplamente discutido aqui (e sempre será). Porém, acho que nunca um usuário não muito avançado começou o debate.
Eu sou entusiasta do GNU/Linux há anos e acho a filosofia de software livre fantástica. Até brinco com o meu irmão dizendo que isso é um
marxismo tecnológico. (risos)
Pois bem, recentemente li um artigo que fala que o
Ubuntu é o inimigo nº 1 do software livre. Li também que o grande Stallman disse que o Ubuntu é um spyware.
Poxa, eu li essas coisas e fiquei realmente incomodado, me senti um tanto traído. Mas, aí eu resolvi sair da opinião e partir para a episteme e fui atrás de um pouco de conhecimento.
Eu não sou programador e nem nada parecido - sei usar o terminal de forma muito "superficial" e sei como descompactar pacotes tar.gz.etc, mas não sou conhecedor profundo do Linux, então, por favor, relevem qualquer bobagem que eu falar.
Pensei duas coisas:
1º: Filosofia não dá pão.
Ora, acredito que o próprio Ubuntu estar disponível para download gratuitamente já é fantástico. Tudo bem que alguns softwares proprietários potencialmente estão no meio, mas o sistema em si é ótimo, estável e ao meu ver está na frente daquele S.O.-que-não-devemos-falar-o-nome.
2º: Mas a proposta era o software livre (que difere de open-source).
Isso parte de opinião minha, não de conhecimento. Penso que o Ubuntu surgiu já que havia a necessidade de um S.O. que pudesse competir com o
monopólio que mora em Redmond. Pode ser que com a qualidade do S.O., os softwares proprietários olharam com outros olhos e a Canonical se deixou levar. Mesmo não sendo um pensamento moderno, preciso citá-lo: "
América: oferta e demanda".
Tenho usado o Ubuntu desde a versão 7.10
Gutsy Gibbon e claro, notei uma revolução gigantesca. Li inúmeros comentários pró-Ubuntu, pró-Ubuntu mas nem tanto assim e alguns que condenam a Canonical.
Pelo que entendi, isso é quase o que um velho com uma barba branca que muita gente tem medo falou sobre: A democratização do acesso aos meios de produção.
Acredito que pra compilar, fuçar no kernel, o usuário tem que ser mais hardcore. O usuário final não vai se preocupar em editar código-fonte ou se é
open-source ou
software livre. Acredito que o sujeito que migra do 'S.O. proprietário' para o Ubuntu, já é um grande passo.
Também penso na qualidade do software. Concordo que não há estímulo para a criação de bons softwares livres alternativos aos grandes nomes, mas existem bons softwares que não são conhecidos.
Acho que falta a oportunidade de produzir o software. Aí eu concordo que a Canonical pode, digamos,
oprimir o cara que quer produzir uma alternativa legal aos grandes softwares.
O sujeito sozinho não faz milagres.
Vejo a turma falando muito que o Ubuntu recolhe informações a partir do desktop pra fazer aquelas recomendações quando se fazer a busca... Poxa, e o Facebook faz o quê? O Google?
Pra concluir: Dá pra editar qualquer código no Ubuntu (Dá, né?). Isso já é o software livre, não? Temos que lembrar que o Ubuntu é a porta de entrada pra muita gente que um dia vai desenvolver as linguagens mais diversas no Linux.
NOTA: não estou semeando o caos! Só quero saber o que o pessoal aqui do fórum (pessoal que sabe mesmo de Linux) acha!
Machs gut, genossen.