Buckminster
(usa Debian)
Enviado em 27/06/2017 - 16:55h
https://www.vivaolinux.com.br/topico/Debian/Lancamento-Debian-9?pagina=22
É lógico que o Debian não vai acabar, mas vai perder usuários, como já está perdendo. Talvez, com o tempo, esses usuários acabem voltando.
E justificar o caso do Debian com o caso do Gentoo não faz sentido. São situações completamente diferentes.
A choradeira, no caso, é tua.
Os desenvolvedores antigos que saíram do Debian, e foram vários, saíram por questões técnicas e filosóficas, principalmente filosóficas.
O Debian sempre teve política e filosofia bem definidas: basicamente estabilidade e liberdade, e isso o distinguia das demais distribuições, porém, essas coisas estão se perdendo e esse foi o motivo principal da saída deles.
A parte filosófica influencia na parte técnica e não o contrário.
O systemd, por exemplo, "engessa" o sistema tirando a liberdade.
O Debian está com muitos bugs, já perdeu boa parte da estabilidade que o fez crescer como sistema e grande parte se deve ao systemd, pois os outros softwares tem que se adaptar a ele.
Claro que, com o tempo, os bugs serão tecnicamente corrigidos, mas isso é a parte técnica.
O Linux, como um todo, sempre foi modular: um kernel e os módulos orbitando ao seu redor.
No momento em que se coloca um software gerenciador de inicialização, controle de processos, etc, todos os outros softwares terão que se adaptar a ele, tornando esse gerenciador a parte principal do sistema.
Resumindo, uma questão de política e filosofia afeta todo o desenvolvimento do sistema.
O problema principal não é o systemd em si, mas a estratégia de se colocar no sistema um software que já entrou controlando boa parte do sistema e, com o tempo, irá controlar praticamente todos os processos.
E isso irá acontecer em toda distribuição Linux que utilizar o systemd.
Talvez para você seja uma coisa boa ter um gerenciador de tudo no sistema (como no Windows), mas eu vejo de forma diferente, pois perde-se a liberdade na base, ou seja, no desenvolvimento, posto que os desenvolvedores dos mais variados softwares que compõem o Linux terão que se adaptar ao systemd. E isso fará com que o systemd e seus desenvolvedores sejam as peças principais futuramente.
E outro problema de se ter um gerenciador de tudo em um sistema é que, com o tempo, torna-se cada vez mais difícil se desvencilhar dele, ou seja, quanto mais tempo se usar o systemd mais difícil será para voltar ao que era.
Não sei se me expliquei direito.
Eu iria desenhar, mas me deu preguiça.