Linux não é para todo mundo

1. Linux não é para todo mundo

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(usa Nenhuma)

Enviado em 18/12/2024 - 21:05h

Sim, mais uma rodada da eterna discussão entre Linux e Windows. Essa discussão parece infinita, muito por conta das diferenças desses sistemas operacionais, mas também devido às constantes evoluções tecnológicas e mudanças no perfil dos usuários.

Para quem começou na informática nos anos 90 ou 2000, como eu, é fácil lembrar de um tempo em que o Linux era quase um "clube fechado" de usuários malucos, enquanto o Windows dominava praticamente todas as máquinas pessoais e corporativas. Mas, com o passar dos anos, ficou evidente que o Linux, embora potente e inovador em muitas áreas, ainda enfrentava problemas sérios quando o assunto era maturidade de hardware e a disponibilidade de softwares essenciais para o trabalho e o lazer.

Hoje, em 2024, o Windows continua sendo a escolha majoritária, e há razões práticas para isso. Apesar de suas polêmicas, o Windows se tornou um sistema mais maduro e estável em muitos aspectos. Um dos principais fatores para essa superioridade é a compatibilidade com hardware. O ecossistema do Windows foi desenvolvido para suportar uma imensa variedade de dispositivos, de placas-mãe até periféricos de marcas desconhecidas. Enquanto isso, no Linux, os usuários frequentemente enfrentam problemas como falta de drivers proprietários, suporte parcial ou a necessidade de configurar tudo manualmente.

Quer um exemplo? Acessando o VOL hoje, dia 18 de dezembro de 2024, e olhando os tópicos, vejo perguntas como:

"Linux Mint nao reconhece segundo monitor. "
"meu notebook não sai som"
"Descompactar arquivos winrar no linux"
"Erro ao tentar atualizar o Fedora pelo ambiente gráfico. Só foi pelo terminal, e mesmo assim com alg"

Senhores, estamos chegando em 2025, e olhando esses tópicos me sinto ainda em 2008 quando iniciei no mundo Linux. Problemas como esses já deveriam ser página virada. Porém, aqui estamos. O eterno looping de problemas.

E o outro ponto é a imensa disponibilidade de softwares para Windows. Ferramentas como Adobe Creative Cloud, AutoCAD, Microsoft Office completo (não a versão limitada do Office 365 no navegador) e até mesmo algumas soluções específicas para nichos simplesmente não têm um suporte adequado no Linux. As alternativas a essas ferramentas no Linux são fracas e bugadas, e muitas tem aspecto de mal acabada e abandonada. Surgem inúmeros forks e nunca concluem o trabalho.

Jogos? Sim, sei que o proton existe. Mas muitos títulos populares que exigem anti cheat não rodam. Muitos títulos ainda precisam de workarounds e configurações mirabolantes para funcionar bem. Enquanto isso, no Windows, todos os jogos rodam 100%, sem gambiarras e sem estresse.

O usuário? Claro! Precisamos falar dele. A maioria das pessoas que usam computadores não quer mexer em linhas de comando, editar arquivos de configuração ou buscar soluções alternativas para fazer um software funcionar. O Windows oferece um ambiente onde tudo, ou quase tudo, "simplesmente funciona". Isso é crucial em um mundo onde o tempo é um recurso cada vez mais valioso.

Agora, quem quer personalizar o sistema, formatar o computador toda semana para conhecer uma nova distro, caçar solução para problemas randômicos do dia dia, compilar pacotes só para ficar vendo as letrinhas correndo no terminal e postar "I use arch btw" no Xitter, vai se encontrar no Linux. Mas quem só precisa de um sistema que funcione, que rode os softwares essenciais e que ofereça menos empecilhos para tarefas cotidianas, dificilmente abandonará o Windows.

Não me entendam mal. O Linux brilha em servidores e em ambientes especializados. Mas quando o foco é no desktop, o Windows ainda tem a vantagem por conta dessa soma de fatores: maturidade no suporte a hardware, oferta de softwares essenciais e um ecossistema que prioriza a usabilidade.

No fim das contas, é isso. O Linux não é para todo mundo.


  






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