Buckminster
(usa Debian)
Enviado em 14/05/2017 - 19:14h
"Para um setup Bios o que não falta são informações e descrições de seus itens mesmo que seu setup não contenha muito desses itens."
ricardogroetaers, veja bem, tudo o que aparece no setup do BIOS e do UEFI, são as informações que o fabricante achou relevantes para que o usuário tenha acesso e poder de configuração. E isso muda de fabricante para fabricante.
O UEFI é, grosso modo, o BIOS que evoluiu. O problema do UEFI é justamente que ele limitou o acesso para somente alguns sistemas operacionais (Windows, MacOS, alguns Linux, etc) deixando a maioria dos Linux, como sempre, para escanteio.
E concordo com você, as informações do UEFI são limitadas. Elas são liberadas primeiro para somente grupos em específico de desenvolvedores. Por isso que os sistemas Linux estão tendo dificuldade de se adaptarem ao UEFI.
O código fonte do UEFI é proprietário e não é liberado para que todos tenham acesso.
Veja o que este site da Microsoft diz sobre o UEFI:
https://msdn.microsoft.com/pt-br/library/windows/hardware/dn938342(v=vs.85).aspx
"Um PC de UEFI que implemente a Inicialização Segura e tenha um driver de Option ROM de UEFI não assinado. Além disso, o firmware para compatibilidade para que as placas existentes funcionem pode ter uma vulnerabilidade de segurança que não verifique Option ROMs."
"5.1. Assinatura do driver
Caso você acredite ter drivers não assinados nos Option ROMs de UEFI, leia a seguir as instruções para corrigir o problema.
Assine cada driver de Option ROM individualmente. Isso romperá o formato do Option ROM de PCI. Você só precisa assinar o driver de UEFI antes de criar o Option ROM combinado.
Antes de inserir o driver de UEFI no OpROM, assine a imagem de UEFI e teste-a com a Inicialização Segura ativada e desativada no Shell de UEFI (carregue/descarregue o arquivo do driver). Em seguida, coloque o driver assinado no Option ROM combinado.
Você pode encaminhar seu IHV para o centro do Microsoft SysDev para obter os Option ROMs de UEFI assinados por meio de um serviço disponível pelo centro de SysDev."
O que se entende dos parágrafos acima é que se o driver UEFI do sistema não tiver uma assinatura válida, o driver não dará boot caso o usuário desabilite a função de boot seguro (Secure Boot) e o sistema não iniciará.
E este é o grande problema, pois o UEFI sendo proprietário geralmente o código fonte não é liberado, então os desenvolvedores de sistemas como o Linux ficam dependentes de gambiarras e tem que ficar adivinhando como funciona a bagaça para poder implementar o firmware no sistema, coisa que não acontecia com o BIOS.
Grosso modo, é isso que acontece.
Veja o exemplo do Debian 9.0 que será lançado a princípio sem suporte para o UEFI, mas que será implementado nas atualizações.
O Red Hat e o OpenSuse ( e outros sistemas) já não tem esse problema, pois fazem parte da Membership List (Lista de Membros) do UEFI.
Veja no link abaixo a lista postada pelo WalkerPR aqui nos comentários:
http://www.uefi.org/members