Mentalidade troll

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 19/04/2013 - 10:46h

Será que era o tal ritmo de Miami?

Rei Tenguh
(usa Arch Linux)

Enviado em 19/04/2013 - 23:54h

Isaías:

Mas veja só: se a arte em seu âmago se refere a um "desenvolvimento" da abstração e da sensibilidade (e daí a sua importância na educação), então OBVIAMENTE ela vai de alguns para outros. Se imaginar como "arte útil" aquela que já parte desse oposto, parece-me meio contraditório.

E mesmo sendo avesso a praticamente toda forma de academicismo, como sou, não dá pra esquecer a diferenciação que já foi feita entre arte e artesanato.

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Geral:

Eu ví hoje na televisão filmagens de bailes funk a céu aberto no Rio. Me perdoem, mas vai demorar MUITO pra alguém me convencer de que uma menina no meio da rua fazendo mímica de que tá trepando é arte. Não é nem artesanato. É só animalesco e sem senso nenhum sobre nada que faça referência a percepção, abstração ou sentimento nenhum que seja. Mas nem o meu tio que me disse uma vez que "sexo é só um atrito" consegue ser tão desprovido. Não tem arte, não.

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 21/04/2013 - 08:37h

Considerando que as amebas não são capazes de fazer tal mímica, quando a "menininha" o faz está demonstrando alguma forma de "inteligência", ou de "arte", sei lá.
Claro que esse meu comentário é a nivel de deboche mesmo.
Não tem cabimento algum considerar tais aberrações como "manifestações culturais".
Enfim, o funk (com tudo que vem incluído no pacote, ou seja, sexo, drogas, prostituição, apologia ao crime, e até mesmo alguma arte) agora é definido por lei como "movimento cultural".
E isso - já que é lei - nós temos de engulir, com tantas outras coisas perversas e deprimentes que se estão tornando legais hoje em dia...

Portanto já existe a figura do "troll legislativo": É quem redige e quem aprova leis desse tipo.

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Há alguns meses atrás passei por um determinado lugar aqui do Rio (um bairro importante) onde a cerca de 30 metros de uma Delegacia Policial alguém estava tocando em som muito alto, uma série de "funks" de apologia ao crime...
Incrivelmente, parece que ninguém ouviu nem mesmo o barulho ensurdecedor, nem percebeu as letras das "músicas"...
Mas se fosse um pequeno grupo de religiosos (católicos, evangélicos, etc.) cantando hinos, certamente tal cântico incomodaria até a população de todo o Estado.
Chegamos a um ponto onde o que é "errado" está passando gradativamente a ser o "certo".

Rei Tenguh
(usa Arch Linux)

Enviado em 21/04/2013 - 13:16h

E o pior é que o "gradativamente" tá em passos largos. :/
Bom... agora a educação no Brasil é "pro-forme", que não pode repetir na escola e a vaga na faculdade é garantida de qualquer jeito, né? (sim,troolagem legislativa comendo solta, solta)
Se anos antes disso eu já ví uma gostosa andando em um shopping com uma camiseta amarela escrita "100% ignorante", amanhã então... :(

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OFF: Mas a ameba é mais eficaz pra comer tudo o que está a sua volta... (perdão! perdão!)

JJSantos
(usa Gentoo)

Enviado em 21/04/2013 - 17:53h

Triste o fim.

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 21/04/2013 - 21:34h

A "funk music" na verdade parece ser originária da velha Detroit, quando funk era um sentimento, uma forma de ser ou de estar.
Exemplos:

The Funk Brothers, da gravadora Motown, de Detroit
http://www.youtube.com/watch?v=QnJ3oTZS5h4

Breathe Alive (Roland MC 303) - Detroit Technofunk
http://www.youtube.com/watch?v=LEIluVBmtB8

Detroit Sex Machines - The Stretch [Deep Funk]
http://www.youtube.com/watch?v=eXcIX39J81s



Um documentário em Espanhol sobre proibição de certos bailes funk onde havia apologia ao crime ou às drogas.
Observem que se comenta que a iniciação sexual tem acontecido cada vez mais precocemente, havendo uma projeção para os 6-7 anos de idade em algum futuro não muito longínquo. Claro que isso não é um dado oficial, mas do jeito que as coisas andam a probabilidade sempre existe.

Bailes funk pierden lugar en favelas de Rio
http://www.youtube.com/watch?v=ydoeaJDA7Ks


Talvez o funk carioca tenha sido bastante influenciado pelo Jouvert, movimento latino nos arredores de Miami.
No final das contas, é o que mais se aproxima do "baile de Zion".
Mas Jouvert não é exatamente "funk music" como o funk de Detroit.

(THE OFFICIAL VIDEO) MIAMI JOUVERT 2011 PT 2
http://www.youtube.com/watch?v=tBf8aJxoOJ0&feature=fvwp&NR=1


E também no Brooklin (Na Parada comemorativa do Dia do Trabalho) e nos carnavais da Jamaica e de Trinidad - apenas para mencionar alguns lugares - nota-se uma sexualidade exacerbada e crescente, a tal "permissividade não permitida", a mesma mímica, sendo que a campo aberto.
Esse fenômeno não se sabe exatamente onde começou (pode ter sido nesses carnavais por aí), mas certamente influenciou o Jouvert de Miami e o Funk carioca.
O problema então não está no funk em si, mas na crescente "incandescência caudal" de nossos jovens, se é que me entendem...

Rei Tenguh
(usa Arch Linux)

Enviado em 21/04/2013 - 22:36h

Não é uma afirmação, é uma pergunta que paira: "popularização?" ("popozudarização"... sinônimos?) :/

harder
(usa Debian)

Enviado em 23/04/2013 - 15:58h

Viver dá musica e/ou arte hoje ( 2013 ) é algo difícil.

Tem personagens que acham que tem talento e fazem musica e/ou arte. E temos personagens que realmente tem talento. Não faço referencia a ganhar prêmios para ter o talento reconhecido, na fase inicial é pagar as contas, etc.

O que é realidade no mercado da musica e/ou arte está na frase abaixo:

“onde a inventividade é mais possível" Autor, Fernando Meirelles.

Não quero retirar frase do contexto, porque irá mudar o todo do texto, etc.

A ideia de “criar” então está no imaginário popular. Quanto aos resultados é algo impreciso e inexato.

Não tenho restrições, quanto ao tema, foco, mercado e “inventividade” dos personagens musica e/ou arte.

Caso não seja o meu “gosto pessoal” não sou obrigado a consumir este produto.

Quanto a questão de “gosto”, não tem discussão, é apenas lamentável.

Afinal liberdade é aceitar e respeitar o outro.

Faltou uma musica:

http://www.youtube.com/watch?v=Sl6hgEb8kqY

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 23/04/2013 - 18:23h

Existe um diálogo imaginário, que exemplifica bem o fenômeno:

- What's your profession? (Qual a sua profissão?)
- I am a musician! (Eu sou músico!)
- Yes, but what do you do for a living? (Sim, mas o que você faz para viver?)

rsrs

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 23/04/2013 - 18:55h

Que ninguém se espante ao ouvir uma música que repete "ah, lelek lek lek" etc. fazer sucesso.
Porventura não foi o que aconteceu com "Strangers In The Night" imortalizada pelo Sinatra??
"Do be do be do, da-da-da-dee dah da-da-da-da-daa!"...

E tem mais uma coisa: Música ruim também faz sucesso:
É o caso muito específico de
http://www.youtube.com/watch?v=XHtdGJfVd2w
que causou revolta entre os italianos radicados nos Estado Unidos e onde o próprio Dean Martin (nascido "Dino Paul Crocetti" e também conhecido como "Dino Martini"), anos após declarou que somente fez aquela gravação porque foi "obrigado por termos contratuais"...
Vejam se não é uma pérola:
"When the moonlight hits your eyes like a big pizza pie that"s amore" ("Quando a luz do luar acerta seus olhos como uma grande pizza, é o amor"),
bla bla bla bla, "like a gay tarantella" ("como se fosse uma tarantela alegre" - ou atualmente "como se fosse uma tarantela gay").
Muitas coisas, como sabemos, fazem sucesso "por imposição da mídia".

Rei Tenguh
(usa Arch Linux)

Enviado em 24/04/2013 - 09:20h

No mesmo mês em que Drauzio Varella escreveu o Estação Carandirú o Livro mais vendido no Brasil foi "Vidia e Óbria do Seu Creisson", do Casseta e Planeta.

Uma vez vi uma entrevista do Abujamra no Jô, e na conversa eles cogitaram fazer uma peça de teatro juntos. O Abujamra completou: "Sim, mas por favor: tem de ser um fracasso de bilheteria! Porque se fizer sucesso quer dizer que nosso trabalho ficou uma bosta!"

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Curto e grosso: o povo brasileiro se estabelece como um dos povos mais ignorantes do planeta, ficando ao lado da África e do Laos. Chamar de "cultura" a ignorância que jogam nas ruas não é nem bonitinho e nem produtivo. Quando uma coisa tá errada tem de concertar, não justificar.

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 24/04/2013 - 10:02h

Vejam como teria nascido o primeiro artista - e também o primeiro crítico de arte - segundo a ótica de Mel Brooks em "A História do Mundo - 1a. Parte".
Como podemos ver, o crítico é o troll de cada artista...