Mentalidade troll

25. Re: Mentalidade troll

Luciano
Rei Tenguh

(usa Arch Linux)

Enviado em 17/04/2013 - 13:11h

Nossa, Isaías, que afirmação perigosa, sobre o uso da arte pra expressar revolta configurar covardia! :/
Em termos de quando a arte se refere ao pessoal, se não por ela o extravasar vai ser por onde? Sai por aí agredindo pessoas e animais? ^^
E em termos políticos a afirmação me parece ainda mais perigosa. Toda forma de governo e toda forma de cidadania precisa ter suas idéias expressas (desde sempre), e a arte e a propaganda comercial são os meios pra isso. Entre uma e outra, eu ficaria com a primeira sem dúvidas.
E função que a [boa] poesia tem que a limnguágem conceitual não tem é exatamente a de expressar as ideias junto com os sentimentos envolvidos nelas.


  


26. Re: Mentalidade troll

Alberto Federman Neto.
albfneto

(usa openSUSE)

Enviado em 17/04/2013 - 13:27h

Lucas, o Daniel Robbins é o desenvolvedor do Gentoo e do Portage. Ele é um programador
muito competente,alguns dizem, brilhante.

É tão tranquilo que respondeu meu email, e me ensinou a instalar Funtoo, e nem sou Profissional de TI.

já na mesma Comunidade Internacional Gentoo, é aquilo que vc fala... Quase mandam o Noob usar Ubuntu!

"Eu sou Slacker, eu sou Gentoísta, porisso eu sou genial! Vc é um Noob burro!" rsrsrsrsrsrsrs

Até na Comunidade Oficial Sabayon tem gente assim, infelizmente, mandam o cara usar Fedora, Debian ou Ubuntu ou qualquer Distro não Rolling...!

Lembre do que aconteceu com o próprio Robbins, (quando foi forçado a sair da Fundação Gentoo, e sózinho fez o funtoo), ou com Linus, ou com Stallman. Levam a pécha de serem Ditadores, não é que são,é pq como são muito acima da média, se destacam por si próprios e aí atraem Inveja.


Bom, a TI é como a Ciência... É a "Fogueira da Vaidades".




27. Re: Mentalidade troll

Perfil removido
removido

(usa Nenhuma)

Enviado em 17/04/2013 - 13:58h

Rei Tenguh escreveu:

Nossa, Isaías, que afirmação perigosa, sobre o uso da arte pra expressar revolta configurar covardia! :/
Em termos de quando a arte se refere ao pessoal, se não por ela o extravasar vai ser por onde? Sai por aí agredindo pessoas e animais? ^^
E em termos políticos a afirmação me parece ainda mais perigosa. Toda forma de governo e toda forma de cidadania precisa ter suas idéias expressas (desde sempre), e a arte e a propaganda comercial são os meios pra isso. Entre uma e outra, eu ficaria com a primeira sem dúvidas.
E função que a [boa] poesia tem que a limnguágem conceitual não tem é exatamente a de expressar as ideias junto com os sentimentos envolvidos nelas.


Veja, já ouviu a música do Caetano "Alegria, alegria"? Você entendeu de fato seu significado?

Já Leu "Os Miseráveis" e compreendeu as críticas que Victor Hugo faz ao falso código de ética de todas as sociedades, não só à francesa?

A crítica tem que ser aberta, na cara! E não apenas para meia dúzia entender.

Expressar, deve sim ser o direito de todos, mas de forma que até mesmo aqueles que a história chama de "bestial", deveria entender.

Mas a arte, que vive às custas de sua própria elite, vai criticar a quem a abençoa ($$$)? Não é mesmo?
Tem que ser de forma ininteligível. De forma que não cause náuseas aos detentetores do poder político e financeiro.

Devemos entender/aceitar que nossa única liberdade é consumir (quando podemos, claro), mas apenas isso.


28. Re: Mentalidade troll

Luciano
Rei Tenguh

(usa Arch Linux)

Enviado em 17/04/2013 - 14:42h

Bom, não posso dizer [ainda] nem que sim que não; porque não deixa de ser verdade, um certo "elitismo" por trás da boa arte, mas também sou defensor ferrenho, em vários âmbitos, de uma mesma ideia: a de que a capacidade de abstração é o motor da capacidade de síntese, então - se isso estiver ao menos um pouco correto - abstrações mais "elaboradas" acabam dizendo mais com menos.

E convenhamos: a sugestão marxista de que o nível cultural é absolutamente ditado pelo nível econômico é no mínimo discutível. Até que foi uma afirmação com certa coerência quando em sua época e lugar, com o teatro como principal acesso a cultura e com seu preço impopular (mesma época de valores altíssimos para impressão de livros e para se frequentar qualquer forma acadêmica), mas os tempos e a situação atual eu acho que colocam esse princípio ainda MUITO mais em cheque, torna-o ainda mais discutível do que quando dito pela primeira vez.

___________

Obs: Eu VI uma vez, em um boteco de esquina de uma rua de terra de uma favela, um sujeito sentado em cima da mesa de bilhar com o copo de cachaça, só de bermudas, tirar um violino e mandar de uma forma que o boteco ficou absolutamente calado até ele terminar. E meu vizinho estava ontem dentro da caminhonete do ano ouvindo o "tereretetê". (O que me faz lembrar que o termo "universitário" foi adicionado a música sertaneja pra descrever a sua forma mais burra e vazia, então... ;) )


29. Re: Mentalidade troll

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(usa Nenhuma)

Enviado em 17/04/2013 - 16:58h

Rei Tenguh escreveu:

Bom, não posso dizer [ainda] nem que sim que não; porque não deixa de ser verdade, um certo "elitismo" por trás da boa arte, mas também sou defensor ferrenho, em vários âmbitos, de uma mesma ideia: a de que a capacidade de abstração é o motor da capacidade de síntese, então - se isso estiver ao menos um pouco correto - abstrações mais "elaboradas" acabam dizendo mais com menos.

E convenhamos: a sugestão marxista de que o nível cultural é absolutamente ditado pelo nível econômico é no mínimo discutível. Até que foi uma afirmação com certa coerência quando em sua época e lugar, com o teatro como principal acesso a cultura e com seu preço impopular (mesma época de valores altíssimos para impressão de livros e para se frequentar qualquer forma acadêmica), mas os tempos e a situação atual eu acho que colocam esse princípio ainda MUITO mais em cheque, torna-o ainda mais discutível do que quando dito pela primeira vez.

___________

Obs: Eu VI uma vez, em um boteco de esquina de uma rua de terra de uma favela, um sujeito sentado em cima da mesa de bilhar com o copo de cachaça, só de bermudas, tirar um violino e mandar de uma forma que o boteco ficou absolutamente calado até ele terminar. E meu vizinho estava ontem dentro da caminhonete do ano ouvindo o "tereretetê". (O que me faz lembrar que o termo "universitário" foi adicionado a música sertaneja pra descrever a sua forma mais burra e vazia, então... ;) )


O nivel cultural/intelectual de um indivíduo não é intríseco à sua categorai social, não atualmente.
Hoje o acesso ao conhecimento não está mais restrito à sala de aula. Com tudo isso eu concordo.

Mas mesmo assim, a bestialidade continua... E em proporção cada vez maior.
Hoje, a quantidade de alfabetos funcionais é muito maior que antes. E "acordar" essa gente, não é com arte intelectual.

A música, o talento, o interesse, são tão raros. Minoria.
E essa minoria, que está em todos os níveis sociais, realmente vai compreender a arte crítica.

A arte é boa quando comove a todos, como o violinista do boteco.
Até a arte de rua (dos grafistas) é contundente.

Mas o Abaporu...


30. Re: Mentalidade troll

Sergio Teixeira - Linux User # 499126
Teixeira

(usa Linux Mint)

Enviado em 17/04/2013 - 17:33h

Se Marx ainda estivesse sepultado, certamente teria "dançado o frevo" dentro do caixão ao constatar que o funk brasileiro agora é - por lei - considerado "movimento cultural".
Que é popular, disso não há dúvida, mas essa parte "cultural" é muito pequena para ser considerada como um "movimento".
Existe sim beleza, arte e cultura no funk, mas essas coisas ficam tãããããão em segundo plano, que é como se não existissem.
Mas, enfim, até bacilos têm cultura...


31. Re: Mentalidade troll

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(usa Nenhuma)

Enviado em 17/04/2013 - 20:30h

Há um texto de Wikipedia falando do Funk ter vindo de algum buraco de Miami para o Rio.
De como o "caldo cultural" (bactérias?) se multiplicou por aqui.
Nisto há também a explicação do que é o ritmo chamado de "Charm".

E qual a diferença entre Charm e Funk?
Não, não é porque um anda bonito e o outro elegante, ou um com mais ou menos roupas que o outro.
A explicação é mais complexa, inclusive sobre o tal "Funk Proibidão".

Há um consenso: Existe música boa e música ruim.
Existe sertanejo bom e ruim.
Existe bossa nova boa e algumas muitas que são chatas.
E claro, algo no funk que se destaque, dependendo do qua se chame de funk.

Na antiguidade quem não tinha a cultura da sociedade dominante da época era chamado de bárbaro.
Atualmente qual o significado de "bárbaro"?
Tinham a tal cultura, mas não igual a de quem preconceituava.




32. Re: Mentalidade troll

Sergio Teixeira - Linux User # 499126
Teixeira

(usa Linux Mint)

Enviado em 18/04/2013 - 21:01h

Há um texto de Wikipedia falando do Funk ter vindo de algum buraco de Miami para o Rio.
De como o "caldo cultural" (bactérias?) se multiplicou por aqui.
Nisto há também a explicação do que é o ritmo chamado de "Charm".

E qual a diferença entre Charm e Funk?
Não, não é porque um anda bonito e o outro elegante, ou um com mais ou menos roupas que o outro.
A explicação é mais complexa, inclusive sobre o tal "Funk Proibidão".

Há um consenso: Existe música boa e música ruim.
Existe sertanejo bom e ruim.
Existe bossa nova boa e algumas muitas que são chatas.
E claro, algo no funk que se destaque, dependendo do qua se chame de funk.

Na antiguidade quem não tinha a cultura da sociedade dominante da época era chamado de bárbaro.
Atualmente qual o significado de "bárbaro"?
Tinham a tal cultura, mas não igual a de quem preconceituava.


Ao contrário do que afirma a Wikipedia, o tal Funk Carioca não tem muito a ver com o funk norteamericano.
Não está baseado em nenhum bass rhythm, mas no "tamborzão", sendo música de natureza percussionista e ao mesmo tempo eletrônica por sequenciação.
A divisão rítmica tem muito mais a ver com as antigas marchinhas de carnaval e por vezes com o batido de tambores dos rituais espiritistas afro-brasileiros que com o soul ou outras da mesma origem.
O Charm por sua vez é uma modalidade romântica que, de comum com o funk carioca, tem somente o ambiente onde é praticado. Este sim, tem alguma influência do soul music, e nesse caso a Wikipedia estaria certa..
Em alguns casos, são duas platéias distintas, dois universos distintos.

Dou como exemplo alguns funk music "de raiz":
https://www.youtube.com/watch?v=9jY8wtooNLA

Em contrapartida, aqui está um exemplo típico de funk carioca, dentro daquilo que pode ser considerado como melhor:
https://www.youtube.com/watch?v=ULT26JZfRxA


E mais: "Funk", "Soul", "Jazz", "Bossa Nova" não são nomes de ritmos mas sim de estilos, e até mesmo da expressão típica de sentimentos específicos através da música.
Antigamente aqui no Brasil havia a música "de fossa", que eram em geral sambas-canção de natureza notadamente sofrida e melancólica.
Com o movimento chamado de "Bossa Nova" o samba de raiz (em compasso 2/4, incompreensível para estrangeiros) deu lugar às composições em compasso 4/4, mais fácil de gerenciar.

Em geral os ritmos chamados "de raiz" são de difícil assimilação para quem não é nativo.
Experimente-se ouvir o reggae puro da Jamaica,
https://www.youtube.com/watch?v=HRRgo2cziNU
ou o Twist de Joey Dee & The Starliters.
https://www.youtube.com/watch?v=7WIvZu4dPQQ

E não pára por aí. A dança do Kuduro, original de Angola, nada tem a ver com a dança estilizada que está sendo divulgada por aqui.
Exemplo:
https://www.youtube.com/watch?NR=1&feature=fvwp&v=NhJkgVhmPHE


33. Re: Mentalidade troll

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(usa Nenhuma)

Enviado em 18/04/2013 - 23:32h

Teixeira escreveu:

Ao contrário do que afirma a Wikipedia, o tal Funk Carioca não tem muito a ver com o funk norteamericano.
Não está baseado em nenhum bass rhythm, mas no "tamborzão", sendo música de natureza percussionista e ao mesmo tempo eletrônica por sequenciação.
A divisão rítmica tem muito mais a ver com as antigas marchinhas de carnaval e por vezes com o batido de tambores dos rituais espiritistas afro-brasileiros que com o soul ou outras da mesma origem.
O Charm por sua vez é uma modalidade romântica que, de comum com o funk carioca, tem somente o ambiente onde é praticado. Este sim, tem alguma influência do soul music, e nesse caso a Wikipedia estaria certa..
Em alguns casos, são duas platéias distintas, dois universos distintos.



Agradeço os esclarecimentos sobre o Charm. Nunca ficou claro prá mim o que um tinha a ver com o outro, exceto por desinformarem o motivo na letra da música. E nessa, muita coisa entra pelos ouvidos sem o esclarecimento preciso.

Não me referia tanto ao caráter musical da coisa toda. Sim e não.
A parte que gostaria de ressaltar seria a essa pretensa "iniciativa underground".
Sobre como a coisa surgiu de modo independente da indústria.

Por exemplo, se for verdade, a cultura serve como veículo de propaganda de uma realidade baseada em preconceito, violência, drogas, pobreza e exclusão.
E que a válvula de escape funciona única e através de prazeres sensuais. (please, sem falsa moral).
O problema é que não parece ser de uma forma combativa, apenas fixando que a vida se resume a isso.

É mais ou menos com se todo mundo que apreciasse "La Mer" de Debussy tivesse de ser arrogante e esnobe.
Ou quem curtisse sertanejo de raiz sempre falasse "r" retroflexo (esse o nome?).
Ou que o barato do baile funk fosse quando a coisa vira o "Batidão de Zion".
Tudo isso resumido brevemente de forma estereotipada e superficial.

Cada subcultura tem seus próprios veículos prá fixar que aquele modo de ser é o correto. A música é veículo comum a todas e creio ser o mais forte.


34. Re: Mentalidade troll

Sergio Teixeira - Linux User # 499126
Teixeira

(usa Linux Mint)

Enviado em 19/04/2013 - 09:42h

Isso é mero palpite meu, mas acredito que o Charm tenha sido influenciado diretamente pela modalidade "Disco", sendo formada por músicas mais lentas (para finalidades de descanso, que afinal ninguém é de ferro).

E felizmente o filme "Matrix" passou depois que o Funk Carioca muito depois que havia sindo inventado, senão haveria alguém capaz de afirmar (nas "uiquipédias" da vida) que o funk nasceu por influência de Zion...

Quanto ao Funk Carioca, atualmente está sendo visivelmente influenciado pelo Kama Sutra.
Não é não?


35. Re: Mentalidade troll

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(usa Nenhuma)

Enviado em 19/04/2013 - 10:20h

Vai ver que foi o funk carioca que influenciou o batidão de Zion. Brasilsilsilsil ...


36. fantasias

Edson Harder
harder

(usa Debian)

Enviado em 19/04/2013 - 10:39h

Não acredito que o Kama sutra tenha influenciado o ”Funk Carioca”.

O que dizer então do soul, jazz e R&B....

Nas décadas de 60 e 70 nos USA ( estados unidos ) teve coisa pior.

E hoje somente é o ”Funk Carioca” que causa horror.

Quanto ao Kama sutra, algumas fantasias são ótimas para ser fantasias, e somente isto.







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