Segundo artigo da série "a vida em preto e branco", mais um passo para a transição do modo gráfico ao modo texto. Apresento a avaliação de um player de músicas baseado em texto, é a possibilidade de tocar suas mp3 em modo texto, com uma interface bonita e informativa.
Para desenhar sua interface, o orpheus faz uso de caracteres ascii de
8 bits, mas isso pode apresentar problemas dependendo da configuração
do sistema operacional, essa opção faz com que toda a interface seja
desenhada apenas com caracteres ascii de 7 bits, o que a torna menos
suscetível a problemas de compatibilidade.
--x-titles, -xt
Um parâmetro para quem usa estiver rodando o orpheus em modo gráfico. Com
esse parâmetro ativado a barra de título do xterm (ou outro terminal gráfico)
vai exibir informações sobre a música que o orpheus estiver rodando.
--remote, -r <cmd>
Este é o recurso mais interessante do orpheus. Não é inovador, mas útil
É a possibilidade de gerenciar uma instância aberta do orpheus através de
linhas de comando. Os comandos possíveis são:
prev - Pula para a música anterior na playlist atual.
next - Pula para a próxima música na playlist atual.
add <arquivos> -
Adiciona os arquivos especificados a playlist atual. Coloque o
comando e os nomes dos arquivos em aspas duplas, assim:
load <playlist> -
Carrega uma nova playlist para o orpheus. Atenção o único formato
de playlists que o orpheus suporta é m3u.
play <n> -
Toca a música que está na posição <n> da playlist atual.
--help
Mostra as informações dos parâmetros possíveis do orpheus (em inglês)
--version, -v
Imprime na saída padrão informações sobre a versão do programa.
A tela do orpheus é composta de 4 elementos:
Janela de status: apresenta informações sobre a música que estiver sendo tocada no momento;
Lista de músicas: apresenta a lista das músicas disponíveis na playlist carregada. É o único elemento "navegável", exceto as caixas de diálogo;
Janela de ajuda: não serve para nada além de informar as teclas de atalho do orpheus;
Barra de status: apresenta algumas informações sobre as ações executadas pelo orpheus;
Os comandos são bastante simples e são constantemente exibidos no janela de ajuda. Por isso não vou tratar de todos eles, mas vale ressaltar a função de alguns deles:
[ - Volta 2 segundos na música.
] - Avança 2 segundos na música.
{ - Volta 35 segundos na música.
} - Avança 35 segundos na música.
/ - Inicia uma pesquisa. O funcionamento é simples: pressione "/"; perceba
que um campo de escrita é aberto acima da barra de status; escreva a
palavra-chave e tecle enter. A palavra será buscada em case-insensitive
de acordo com o nome do artista e da música; a primeira música que
combinar com o critério de busca será grifada e focada.
c - Abre a caixa de diálogo de configurações do programa.
m - Abre um pequeno mixer para, caso haja necessidade, ajustar os volumes.
Observação: para adicionar uma pasta inteira ou um arquivo isolado na lista de execução do orpheus pressione "a" e navegue a caixa de diálogo que abrirá, usando "enter" para entrar nas pastas, e quando chegar à pasta ou arquivo use a barra de espaço para selecionar. A busca por arquivos na pasta selecionada será recursiva, ou seja, se você tem os arquivos de música dentro de pastas com o nome do artista, que ficam dentro de uma única pasta geral, basta selecionar essa pasta geral que todas as músicas serão listadas.
Um aplicativo útil para geração de playlists é o fapg (Fast Audio Playlist Generator), que pode criar listagem em vários formatos distintos e possui várias opções de pesquisa.
[1] Comentário enviado por kroz em 11/01/2007 - 09:01h
artigo muito bom, testei ja que tambem uso modo de texto, e mesmo um bom quebra galho.. vc esta de parabens mano adiante com este trabalho!!! boa sorte...
[4] Comentário enviado por muzkur em 11/01/2007 - 10:23h
Cara, esse artigo é uma mao na roda. Agora vou ter o que fazer enquanto meu Debian puxa e instala os pacotes do KDE =)
Sobre o uso do CLI, vou lhe dizer, eu não gosto de usar o adept, kpackage ou coisas assim e nem o kwrite kate e etc. Sempre uso o aptitude e o vim. Nãso sei porque, mas esses aplicativos em CLI me agradam mais que seus "primos" X.
[5] Comentário enviado por removido em 11/01/2007 - 20:29h
boa noite !!!! no embalo do seu artigo existe tbm o workbone, q roda cd direto do drive. e é modo texto, basta digitar workbone, a mudança de faixa, pausa , stop, avançar e retroceder acontece no teclado numérico.
[6] Comentário enviado por tenchi em 11/01/2007 - 22:58h
leandrorocker, o MPlayer roda independente de interface gráfica ou não.
Existem interfaces gráficas tanto para o X, quanto via linha-de-comando.
O que existem também são os modos de exibição, que vai desde art ascii (aa), até openGL ou framebuffer.
Mas no final tudo é a mesma coisa.. rsrs.
Espero ter lhe ajudado.
Agora, um programa bom mesmo é o mp3blaster.
Outro muito bom, leve e simples é o amp. É muito simples mesmo. Não tem interface alguma, nem no console.. rsrs. É o básico do básico.
Aquela história de que faltam programas para o linux é pura falta de pesquisa. Se você acessa regularmente sites como o sourceforge, o freshmeat, freedesktop, berlios ou o brasileiro codigolivre, com certeza achará muitos programas, de todas as áreas possíveis... Muitos até inúteis, mas também muitos super-necessários para a nossa vida..
Falow...
Ah, e artigo muito bom... Há coisas que fazemos no teclado que são impossíveis de serem feitas com um mouse.
[8] Comentário enviado por leandrorocker em 12/01/2007 - 09:01h
Nossa, agora que to notando que fiz a pergunta completamente errada, eu quis dizer
"o mplayer também não roda SÓ em modo texto?"
É verdade, o mplayer roda em modo texto e fica muito legal, eu enviei pra cá um screen da minha tela rodando mplayer em modo texto, gosto bastante, parabéns pelo artigo e Eldred, obrigado pelo esclarecimento!