removido
(usa Nenhuma)
Enviado em 14/08/2020 - 09:40h
bilufe escreveu:
[...]
Eu critico mesmo, pois já foi o tempo em que remasters eram importantes porque agregavam funcionalidades regionais ou características importantes para um grupo de usuários ou para hardwares específicos. Hoje, a maioria dos remasters são mais do mesmo, não incorporam nada de útil e diferenciais.
O Kurumin era um remaster que agregava características regionais do Brasil, coisa que na época não havia, e também agregava funcionalidades que não estavam disponíveis nas grandes distros. Por isso fez sucesso.
O Linux Mint Debian Edition não critico, pois ele agrega ao Debian algo que ele não oferece por padrão: facilidade de uso. Mas a versão baseada no Ubuntu tem muito pouco a oferecer.
Olhando por esse lado, o Debian evoluiu muito em termos de facilidade e praticidade; possui instalador gráfico, inicia o ambiente gráfico por padrão, possui os maiores DEs para instalação padrão, reconhecimento de hardware melhorado, etc.
Do próprio projeto Debian Desktop:
O subprojeto Debian Desktop consiste em um grupo de voluntários(as) os(as) quais têm como objetivo criar o melhor sistema operacional possível para uso doméstico e estação de trabalho corporativa. Nosso lema é "software que funciona". Resumindo, nosso objetivo é levar o Debian, GNU e o Linux ao grande público.
Continuando:
Nossos princípios
Reconhecendo que ambos Ambientes de Desktop existem, iremos suportar seu uso e nos certificar de que funcionem bem no Debian.
Reconhecemos que existem somente duas classes importantes de usuários(as): o(a) novato(a) e o(a) experiente. Faremos o possível para tornar as coisas muito fáceis para o(a) novato(a) e ao mesmo tempo permitiremos que o(a) usuário(a) experiente configure as coisas da maneira que deseja.
Nós tentaremos garantir que o software seja configurado para o uso desktop mais comum. Por exemplo, a conta de usuário(a) comum adicionada por padrão durante a instalação deverá ter permissões para utilização de recursos de áudio e vídeo, impressão e gerenciamento do sistema através do sudo.
Tentaremos nos assegurar de que questões feitas ao(à) usuário(a) (as quais devem ser mantidas em um nível mínimo) façam sentido mesmo para quem possui o mínimo de conhecimento de computadores. Alguns pacotes Debian atualmente apresentam ao(à) usuário(a) complicados detalhes técnicos. Questões técnicas sobre o debconf apresentadas ao(à) usuário(a) pelo debian-installer podem ser evitadas. Para o(a) novato(a), isso é frequentemente confuso e assustador. Para o(a) experiente, eles podem ser irritantes e desnecessários. Um(a) novato(a) pode nem saber sobre o que são essas perguntas. Um(a) experiente pode configurar seu ambiente de área de trabalho da forma que desejar depois que a instalação tenha sido concluída. A prioridade desses tipos de questões sobre o debconf podem ser minimizadas.
E nós nos divertiremos fazendo tudo isso!
https://www.debian.org/devel/debian-desktop/index.pt.html
Hoje está tão fácil quanto o próprio Ubuntu. Nesse sentido, e considerando o seu argumento, não vejo razão para ainda existir o Ubuntu e suas derivadas, pois o Debian já supriu essas facilidades.
"Ah, mas não tem interface bunitinha para instalar meu driver de vídeo igual o Ubuntu"
Mas porque então o Ubuntu não mandou essa interface para os repositórios do Debian ao invés de ter criado a sua própria remasterização?
Ah, mas o Mint tem o Cinnamon! Bem lembrado, só que não é necessário ter sua própria distribuição para desenvolver aplicativos. Aliás, manter uma distribuição ou remaster é tirar o foco do que é necessário ser feito (aplicativos) e focar nas questões secundárias. Quem sabe se ao invés do Mint focar em ter seu próprio remaster poderiam estar fazendo aplicativos para a comunidade do Debian? E se o Linux Mint e a própria Canonical focassem em prestar serviço ao invés de remasterizações do Debian? Elas poderiam estar vendendo hardware com suas personalizações, poderiam estar oferecendo o Debian by Canonical ou Debian by Mint, poderiam estar vendendo serviços para a comunidade Debian, e criando aplicativos úteis para os usuários.
Sei que o Mint tem uma ferramenta de formatar pendrive, mas o Ubuntu e o Debian não possuem. Algo tão simples! E se ao invés do foco ser as remasterizações, o foco fosse em colaborar com a comunidade Debian e criar aplicativos? Tenho certeza que aplicativos tão simples como um formatador de pendrive já estariam nos repositórios do Debian, que Linux nos desktops não seria tão somente um sonho, mas uma realidade.
Ah, mas o Ubuntu tem o Snap, Live Patch, Launchpad e outras ferramentas. Mas vocês tem certeza que essas ferramentas precisam de um remaster para existir? Ou poderiam estar sendo agregadas à comunidade Debian?
O início dos forks e remasterizações se deu lá pelos anos 90, inciando já com com Slackware se baseando no SLS, e assim por diante. GNU/Linux sempre foi assim e particularmente acho uma vantagem e ao mesmo tempo uma desvantagem, por inúmeros fatores. Mas como eu disse no início do tópico; o importante é suprir as necessidades do usuário, independente da distribuição escolhida...