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(usa Nenhuma)
Enviado em 19/07/2017 - 13:40h
Todas as monstruosidades violentam os gestos atrozes de Hortência. Sua solidão é erótica mecânica, sua lassidão, só dinâmica amorosa. Sob a vigilância de uma infância, ela tem sido, no verão de numerosas épocas, a higiene ardente das raças. Sua porta está aberta à miséria. Ali, a moralidade desses seres atuais se descorpora em sua paixão ou em sua ação. — Ó terrível frisson de amores noviços no chão de sangue e transparente hidrogênio! Encontrem Hortência.
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Uma bela manhã, num povo de gente adorável, um homem e uma mulher soberbos gritavam na praça pública: "Amigos, quero que ela seja rainha!" "Quero ser rainha!" Ela ria e tremia. Ele falava de revelação, de prova terminada. Desfaleciam nos braços um do outro. E efetivamente foram reis, por toda uma manhã, quando os véus carminados se ergueram sobre as casas, e por toda uma tarde, para os lados dos jardins de palmeiras.