Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 30/03/2008 - 21:40h
Todo e qualquer sistema operacional ocupa uma parte da memória para coisinhas referentes ao seu próprio gerenciamento.
Se não fosse assim, simplesmente não haveria ONDE fazê-lo.
O Ms-DOS, como foi dito, endereça 1Mb mas tem 640kb como limite.
E apesar disso, certos programas que exigiam, digamos, 500kb não conseguiam rodar de jeito nenhum.
Isso era um verdadeiro "mistério" na época em que existia somento o DOS (e nos programas do Windows rodando em modo DOS), e só dava pra resolver mediante uma série de "pajelanças" que se fazia, geralmente no config.sys e no autoexec.bat
(Com o tempo, essas "pajelanças" se tornaram rotineiras).
Aqueles antigos Apple II+ (de 8 bits) tinham apenas 16kb de memoria, mas poderíamos instalar 48kb.
Mas apenas "instalar", pois a cada página de 16kb o sistema reservava 4 kb para gerenciamento, o que significa que "sobravam" apenas 12kb por página, sendo que cada página funcionava de uma vez, enquanto as demais ficavam reservadas.
Ou seja, em vez de 48kb de memória, o que tínhamos na verdade eram 12kb.
E aí entra outro ponto de desespero dos usuários daquela época:
É que aquele micro funcionava originalmente com 8kb e não 16.
Quem migrava de 16 para 48, de vez em quando tinha problema com alguns aplicativos que usassem mais de 12kb de forma contínua (geralmente joguinhos).
Quando surgiu o CPM/86, dizia-se que ele era capaz de acessar 4Mb.
Deve ser na teoria, pois naquela época havia XTs ou, quando muito, 286's e os slots e bancos de memória daqueles micros geralmente não possibilitavam essa quantidade.