removido
(usa Nenhuma)
Enviado em 04/01/2021 - 09:27h
palomo escreveu:
bilufe escreveu:
palomo escreveu:
Para mim o Ubuntu já perdeu essa guerra a muito tempo, o que fez o Ubuntu reinar é a popularidade dele entre os iniciantes no linux (onde muitos ficam pro no linux mas tem medo de experimentar outros sabores)
Hoje em dia acredito fortemente no Arch linux como a próxima distro popular.
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#!/bin/bash
echo "Acredite que vale a pena viver, e a tua convicção ajudará a criar este fato."
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Rolling release nunca será popular pois não garante as características necessárias para agradar ao mercado. O Ubuntu oferece lançamentos LTS que garantem mais tranquilidade para usuários, desenvolvedores e empresas, pois há um período em que o sistema operacional não sofrerá mudanças drásticas que requeiram treinamento, capacitação, alteração de hardware, e que a compatibilidade de software será mantida.
Além do mais, há uma empresa oferecendo suporte pago e suporte estendido, enquanto o Arch Linux não tem nada disso.
Uma questão é popularidade outra é estabilidade, ambas as questões não dependem de uma empresa por trás.. quero dizer que isso seria equivalente a discussão entre Postgres vs MySQL.
LTS é algo bom concordo, mas Rolling Release consegue transmitir a mesma estabilidade, eu mesmo usei Arch linux por mais de 6 meses sem atualizar, já vi pessoas chegarem a 3 anos sem aplicar uma atualização, pois essa é uma das ideias do Arch instalar ele para nunca precisar reinstalar.
Ninguém recomenda usar os pacotes latest.. e sim Rolling Release não se trata apenas de ser latest.
Sem contar que, se o usuário/ empresa aplicar atualizações todos os dias, a apesar da grande taxa de atualização que um sistema Rolling Release possa ter, o único fator que talvez seja perdido é a compatibilidade de software.. mas isso seria um caso muito peculiar, levando em conta aquele famoso sacrifica um lado e ganha em outro... por exemplo um software torna-se incompatível porque os algoritmos de segurança foram melhorados.
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#!/bin/bash
echo "Acredite que vale a pena viver, e a tua convicção ajudará a criar este fato."
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A compatibilidade de software é uma questão bem importante para empresas e diversos usuários. Dê uma olhada no lado Microsoft da força, há a possibilidade de rodar aplicativos do Windows 9x dentro do Windows 10, sem esforço algum. O Windows é um grande exemplo de retrocompatibilidade, e isso ajuda no domínio do sistema.
Todas as vezes que a Microsoft quebrou algo com relação a retrocompatibilidade, o Windows perdeu usuários (não para o Linux ou outro sistema operacional, mas para a versão anterior do próprio Windows). Lembra do Windows Me que foi um fiasco? Quebrou a compatibilidade com aplicativos do MS-DOS e com drivers de hardware antigo, os usuários escolheram ficar no Windows 98. Lembram do Windows Vista? Ele quebrou a compabitibilidade com diversos drivers de hardware e também a compabilidade com diversos softwares, então o sistema foi um fracasso. Os usuários escolheram permanecer no Windows XP a migrar para o Vista. O Windows 8 também foi outro problema para a Microsoft, novamente ele introduziu uma nova API, houve quebra de compatibilidade com softwares, e uma interface totalmente remodelada, também foi um fracasso e os usuários preferiram continuar no Windows 7.
Na história do Windows, tivemos oito versões do Windows que podem ser consideradas sistemas operacionais independentes (antes era uma interface gráfica para MS-DOS): Windows 95, Windows 98, Windows Millenium (ME), Windows XP, Windows Vista, Windows Seven, Windows 8 e Windows 10. Desses lançamentos, os problemáticos foram: Windows Millenium, Windows Vista e Windows 8. A grande sacada da Microsoft: mesmo tendo lançado uma versão nova, o suporte à versão anterior continuou sendo oferecido por um grande período de tempo, o Windows XP foi lançado em 2001 mas recebeu suporte até abril de 2019 (18 anos de suporte).
Mesmo tendo 3 fracassos comerciais (quase metade dos lançamentos do Windows como sistema operacional independente), porque as pessoas não migraram para Linux? A razão é simples: as pessoas estavam buscando manter seus computadores e programas funcionando. O Linux não oferece a garantia de que os computadores e softwares dos usuários vão funcionar por uma razão óbvia: é um sistema operacional totalmente diferente. Mas digamos que houvesse uma migração em massa, qual a garantia que um software desenvolvido para o Debian 10 irá rodar quando o Debian 11 for a versão "stable"? Se no Debian isso já é um problema, como fica a compatibilidade de software num sistema rolling release como o Arch Linux? E numa distribuição como o Fedora que é quase um rolling release?
Talvez o Red Hat Enterprise Linux ofereça uma boa compatibilidade, mas ele não tem uma versão de desktop que esteja disponível para o público em geral. O mais próximo que temos é o Ubuntu com suas versões LTS, que infelizmente são suportadas só por 5 anos e não garantem retrocompatibilidade nas novas versões.
Se você é desenvolvedor de software, já imaginou escrevendo um sistema para rodar no Fedora? A cada seis meses tem que verificar se o sistema não quebrou devido a atualização do Fedora. Ou desenvolvendo para o Arch Linux? Imagine que o computador do usuário recebeu uma atualização, a cada vez que isso ocorrer terá que ser testada a compatibilidade do sistema?
Imagine que você é responsável pelo TI de uma empresa, resolveu escolher o Fedora como estação de trabalho, já imaginou a cada seis meses ter que verificar se as máquinas ainda são compatíveis com a nova versão do Fedora? Ou ainda se o software que a empresa usa continua compatível?
Ao meu ver, o que mais falta no Linux é a retrocompatibilidade. Digamos que a versão 22.04 do Ubuntu quebre a compatibilidade de hardware ou software, ainda posso continuar usando o Ubuntu 20.04 por mais três anos e também contratar o suporte estendido (alcançando 10 anos de suporte), dando uma segurança que não existe se estiver usando o Fedora, OpenSuse ou Arch Linux. Ainda assim é pouco, primeiro porque a concorrente (Microsoft) oferece um suporte de tempo maior (no caso do XP chegou a 18 anos de suporte), segundo porque a Canonical tem dificuldades de atender o nosso mercado (não há sequer um site em nosso idioma).
Quer ver como são as coisas no mundo Linux? Acesse o extensions.gnome.org e verifique, lá estarão listadas inúmeras extensões que não vão funcionar, que vão dar erro. Motivo: a maioria delas foi escrito para versões antigas do Gnome, e as novas versões quebraram a compatibilidade.
Ou dê uma olhada no KServices do Dolphin, vários serviços que estão disponíveis para instalação não irão funcionar porque foram feitos para o Dolphin do KDE4, mas a versão atual é a 5 e ela quebrou a compatibilidade. Veja bem, tratam-se de simples scripts. Há até scripts do KServices que não funcionam só porque a versão 5 busca os scripts em outra pasta diferente da versão 4, sendo que se colocar o script manualmente na pasta que o KServices o procura, irá funcionar sem problemas. Muitas vezes temos problemas simples de resolver, como esse dos scripts do KServices, mas que dão uma dor de cabeça para os usuários simplesmente porque os desenvolvedores do KDE não gostam de manter a retrocompatibilidade.