Gargalos de hardware são muito comuns, sobretudo quando se está aproveitando peças de computadores antigos em computadores modernos. Para melhorar o desempenho de sua máquina, não deixe de observar as peças para garantir a máxima velocidade. Este artigo trata de alguns gargalos de hardware comuns e maneiras de evitá-los.
Como é uma informação duvidosa dizer que placas de rede gigabit são sub-utilizadas, preciso me justificar:
Claro que o valor real da transferência depende de outros fatores, como a correção de erros. Esses são valores aproximados.
Tendo em vista que HDs modernos são capazes de gravar dados à velocidades superiores 33 MB/s, e que uma placa de rede 100 Mb/s transfere até 12,5 MB/s, aparentemente não usar uma placa de rede gigabit é sub-utilizar o HD. Sim, é verdade. Todavia, na prática a situação muda um pouco.
É necessário analisar outro fator importante: de maneira geral, qual é o tráfego na maior parte de pequenas e médias redes LAN? Em se tratando de uma rede doméstica com 2 ou 3 computadores ou mesmo em uma pequena empresa, apenas pacotes relacionados a serviços da internet, transferências de dados entre algum software com interface cliente/servidor (como jogos e outros), transferências de arquivos pequenos (como documentos e músicas - pequenos demais para que a capacidade da placa faça diferença) e esporadicamente uma série de arquivos de tamanho elevado (como vídeos ou várias músicas simultaneamente).
Ou seja, para o usuário médio, a capacidade de rede não se apresenta como um GARGALO, mas é ela mesma limitada por outros fatores, principalmente a velocidade da conexão com a internet. O ganho numa transferência de arquivos de grande porte é muito pequena para o usuário médio. Quando há demanda para uma placa gigabit, o ganho de tempo é insignificante para um uso casual (variam de alguns segundos a dois ou 3 minutos). Principalmente no que se refere ao uso em computadores antigos, onde a velocidade de gravação dos HDs é mais limitada.
Sendo assim, permanece o que eu tinha enunciado anteriormente: na maioria dos casos, placas de rede gigabit não costumam representar GARGALOS e não precisam ser fonte de preocupação. Obviamente, caso haja a possibilidade de comprar uma placa gigabit, sendo os custos toleráveis, vale à pena.
[4] Comentário enviado por removido em 18/07/2007 - 18:29h
gostei,mais fico devendo explicar um pouco do barramento pci, ja que uma placa de rede gigabit em slot pci não conseguirá tirar proveito, e o barramento acaba sendo um gargalo para a placa, o mesmo para placas de video.
[5] Comentário enviado por fsamoreira em 18/07/2007 - 21:54h
icarooo,
posso estar enganado quanto aos barramentos pci em computadores antigos (pois não tenho nenhum manual disponível agora, nem placas para testes), mas a velocidade teória de um barramento PCI 32bits à 33MHz (o que creio que é a frequência minima em qualquer PCI) é de aproximadamente 132 MB/s, ou seja superior à da placa gigabit que é de aproximadamente 125MB/s. Mas, evidentemente, a velocidade real suportada depende do restante das especificações da placa mãe. Em geral, em computadores um pouco mais novos, não há gargalos em placas gigabit PCI (se houvesse não teria qualquer sentido existir placas gigabit PCI - elas não seriam gigabit então)
[6] Comentário enviado por .frank. em 18/07/2007 - 23:41h
Se me permite fazer uma correção: o correto é "1000 mbps = 125 Mb/s" e nao "1000 mb/s = 125 mb/s" onde o uso da barra (/) faz-se intender que é sobre Bytes.
Um bom exemplo poder ser o de uma internet discada onde aparece 45 kbps esta falado em 45 kilobit por segundo, e nao em 45 kilobyte. Por isso que voce nao consegue fazer downloads a 45 kb/s, pois se dividirmos 45 kbps por 8 para acharmos o valor em Kb/s chegaremos em +ou- 5 kb/s que é a taxa maxima de transferencia que vc vai conseguir fazer de download por uma net discada (conectado na velocidade acima)
[8] Comentário enviado por fsamoreira em 19/07/2007 - 15:53h
.frank.,
Realmente não acredito que há uma maneira certa de dispor as velocidades de transferência de dados. Tanto faz usar "/" ou "p", já que tem o mesmo significado. A diferença entre megabytes e megabits é o "B" ou "b". A letra maiúscula sempre se refere à Bytes e a letra miníscula sempre se refere à bits. Assim, "Mbps = Mb/s" e "MBps = MB/s".
Eu gosto de usar a barra, pois referencia melhor a divisão efetuada entre a unidade de tamanho (Mb ou MB) e a unidade de tempo "s" (segundos), é uma notação matemática universalmente aceita. Por outro lado, o uso do "p" é mais comum nos EUA (com a sua mania de fazer diferente) e também para evitar problemas de codificação (já que letras são mais bem compatíveis entre os sistemas de codificação atuais do que os símbolos); essa letra faz referência à "per" (em inglês) ou "por" (em português) - termos usados para significar divisão (como o simbolo "/").
Eu já vi em vários lugares ambas as notações, sem qualquer problema. Mas, posso estar errado, caso haja alguma convenção de notação que diga o contrário. Entretanto, não conheço nenhuma.
[9] Comentário enviado por removido em 19/07/2007 - 23:55h
Gostei do artigo, parabéns. Pelo que percebi, você não mencionou um componente muito importante também nas transferências, ou talvez eu não tenha prestado atenção. O chipset, que é o responsável por coordenar os I/Os da placa mãe.
[10] Comentário enviado por fsamoreira em 20/07/2007 - 02:33h
nao mencionei o chipset porque não sou tão bom assim para ter estudado o seu funcionamento mais a fundo e fazer um comentário proveitoso. sobre os componentes específicos das placas fico devendo para uma próxima ocasião