SamL
(usa XUbuntu)
Enviado em 17/06/2023 - 17:03h
Delusion escreveu:
sua consciência não desaparece completamente, ela está a todo momento impregnando-se em outros seres senscientes, queira você ou não; inclusive agora. Quando você morrer, a parte consciente será convertida em quantidade pífia de matéria. Mas o aspecto mais abismal de tudo é que tua consciência sequer existe como coisa ou mesmo fenômeno natural, ela é simplesmente uma sequência descontínua de eventos, ditados pela fisiologia, alimentada por muito tempo de coleta principalmente através da cultura. Como se fosse uma imagem do movimento da matéria, ilusão idiótica, quando o movimento cessa, a imagem desaparece. O pensamento, a consciência e todas essas ficções são como as nuvens do céu, apenas movimento.
Cara, tuas respostas foram boas, mas por enquanto vou responder sobre essa.
Vamos limitar o que é uma conciência a uma função matemática. Chame de Delusion(x) uma função que recebe uma quantidade qualquer de informação X e retorne uma resposta.
Sendo assim, quando x = "minha quarta pergunta", então a função Delusion retornou essa resposta acima.
Agora, o que estou dizendo sobre consciencia é o seguinte: ela é a função que caracteriza o que tu é. Exemplo: quando a entrada da função é "vc tá bem?" Delusion(x) retorna o estado interno de Delusion, o que significa que nem sempre será o mesmo output.
Pega a função Delusion(x) e exclua toda a bagagem de experiência vividas na vida da função, o que resta?
Resta apenas um padrão puro e simples. Por exemplo: excluido toda a memoria de Delusion(x) e reaplicando todos os X que Delusion(x) viveu, será que Delusion(x) é capaz de ser exatamente o mesmo Delusion(x) de antes de excluir a memoria? A resposta é o seguinte: não, não vai ser o mesmo output pra cada x mesmo o x sendo o mesmo de antes.
Isso significa que, há uma essencia, uma função caracteristica que é própria a função Delusion(x) e para todo X, Delusion(x) vai reagir de uma forma, as vezes igual, as vezes diferente. O que produzirá experiências diferentes e moldarão o Delusion(x) de uma forma que produzirá um ser de experiências únicas.
Por exemplo: o que faz o Delusion(x) ser diferente de SamL(x)?
R: a essencia de cada função.
Mesmo que Delusion(x) e SamL(x) recebam os mesmos inputs (variável x) na vida toda, ainda assim Delusion e SamL serão dois seres diferentes.
Isso é consciência, é a essencia, a informação que faz o Delusion ser um e SamL ser outro.
Ou seja, basicamente "não se é o que é", mas sim "se está como está" no momento atual, no input x atual. E todos os x já vistos até agora são apenas adições a cada função. Tipo, como enfeites, só dá forma mas não define o todo. E cada função é essencialmente uma coisa diferente. Então, para cada x recebido, sempre haverá respostas mais ou menos diferentes para cada função Delusion e SamL. E mesmo que fosse possivel Delusion e SamL receberem os mesmo X sem tirar nenhum bit de informação, ainda assim seriam duas funções com respostas diferentes.
Edit:
-quiser testar na prática o que eu digo faça o experimento: tenta não ler tua última resposta da eprgunta 4, agora espera um dia, depois reler apenas minha pergunta 4 e tenta responder de novo (sem ler sua última resposta).
Tu verá que fará outra resposta completamente diferente (ou ligeiramente igual) a última resposta na mesma exata pergunta.
Isso acontece por diversos fatores, como o esquecimento, mas se tu observar bem, mesmo que tu lembrasse exatamente da tua última resposta, ainda assim tu acharia melhor responder diferente (incrementar a resposta) porque o Delusion de antes, não é mais o Delusion de agora.
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