Perguntinhas cabulosas

61. Re: Perguntinhas cabulosas

Paulo
paulo1205

(usa Ubuntu)

Enviado em 17/07/2023 - 03:03h

ricardogroetaers escreveu:

leoCCB escreveu:
Mas deixar essas almas queimando, sofrendo e gemendo durante a eternidade (por pior q tenha sido o cidadão) não vai cotra a filosofia de amar ....
...não deve ser assim... não faço ideia de como é, mas no mínimo não creio q seja eterno. ..

Isso seria a negação da bondade e da justiça de Deus.
Contradição entre atribui-lhe a bondade e justiça infinitas e paradoxalmente a hipotética vingança infinita.
Impor sua justiça a seus "filhos" sem lhes dar os meios para copreende-la.
Seria negar-lhes a progressão intelectual e moral, o mesmo que dizer que a criança não pode se tornar adulta.


O cuidado que se tem de ter antes de afirmar o que você afirmou é que você pode estar atribuindo a Deus um noção de justiça que não é a dEle, mas sim a sua. Você pode estar fazendo um deus conforme a sua própria imagem e o seu próprio entendimento. E isso nada mais é do que idolatria.

Punição ou castigo não são sinônimos de vingança. Um pai ou mãe amorosos que pune um filho desobediente não o faz (ou pelo menos não deveria fazê-lo) para vingar-se da desobediência, mas para educar o filho sobre as possíveis e até prováveis consequências negativas de atos injustos e impiedosos ao longo de toda a vida.

Mas há outras confusões suas a respeito da fé cristã em sua postagem. Por exemplo:

    • Assumir que todas as pessoas são filhas de Deus. O ensino apostólico chama de filhos _por adoção_ de Deus apenas aqueles que aceitam sua oferta de justificação, que se deu através do sacrifício substitutivo do Filho Unigênito encarnado de Deus na cruz.

    • Dizer que Deus não dá meios para que os seres humanos compreendam sua justiça. Existe uma compilação de livros chamada “Bíblia” que compreende material de diversos tipos (narrativas, leis, profecias, poesia, lamentos, descrições, biografias, entre outros), mas cujo tema central é como Deus reiteradamente se apresenta ao homem a fim de o convencer a amá-lO e buscá-lO, em lugar de entregar-se aos seus próprios desígnios, quase sempre inclinados ao mal.

    • Postular que Deus, sendo Todo-Poderoso a ponto de criar todo o universo, de algum modo não poderia de modo nenhum impor Sua justiça sobre de sua criação. Como seria isso? Depois de criar o universo e todos os seres viventes, Deus os teria emancipado, excluindo-os do Seu senhorio, e estaria legalmente impedido de exercer poder sobre elas? Em outras palavras: teria Deus aberto mão de Sua onipotência?

    • Julgar que, para ser “adulto”, o tempo de uma vida não basta. Mais engraçado ainda é tratar como análogos o tornar-se adulto e o progresso moral. Penso que não faltam exemplos de adultos que são verdadeiros monstros morais. Ou ser criança ou adulto não tem nada a ver com o que se conhece como “criança” e “adulto”, mas refere-se a número de encarnações?

    • A inteligência da qual cada ser humano encarnado é dotado (por Deus?) no momento do nascimento não seria um meio de compreender a justiça de Deus? Então como pode a acusação feita anteriormente sobre não dar meios de compreensão a seus “filhos”? Não conta? O que conta, então?


... Então Jesus afirmou de novo: “(...) eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.” (João 10:7-10)


  


62. Re: Perguntinhas cabulosas

Paulo
paulo1205

(usa Ubuntu)

Enviado em 17/07/2023 - 03:14h

leoCCB escreveu: ... analise meu ponto de vista:
Pouco merecimento haveria em fazê-lo sem esforço e quando nada custasse.


É por isso que o cristianismo não fala de merecimento, se não apenas para invalidá-lo.

O cristianismo fala de “graça” proveniente de Deus, e da fé do ser humano que a recebe como um presente. A partir desse momento, a realização de boas obras é uma consequência de ter sido alcançado pela graça de Deus, uma oferta de retribuição e gratidão a Deus pelo eterno amor dEle, não um esforço contínuo para quiçá tornar-se merecedor desse amor, mas sem nenhuma garantia.


... Então Jesus afirmou de novo: “(...) eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.” (João 10:7-10)


63. Re: Perguntinhas cabulosas

Paulo
paulo1205

(usa Ubuntu)

Enviado em 17/07/2023 - 04:22h

ricardogroetaers escreveu:

leoCCB escreveu: .... os espíritos que aqui se reencarnam em deterinadas condições o fazem para evoluir. Aí que tá:
2) Se a reencarnação é válida, a cada nova geração a sociedade deveria melhorar, evoluir, pois aí os espíritos estariam mais maduros e próximos à perfeição, e não é isso que a realidade nos mostra; ....

2) São minoria os espíritos de uma geração adjacente que encarnaram em geração precedente, visto que:
- Gerações diferentes convivem juntas durante um certo tempo, por exemplo:
pais e filhos, tios e sobrinhos, avós e netos, como também, em certos casos, bisavós e bisnetos, trisavós e trinetos.
O espírito é indivisível, não pode encarnar em corpos distintos simultaneamente.

- O intervalo de tempo entre uma encarnação e outra pode ser apenas o lapso de tempo entre a morte de um corpo e o início da concepção de outro, porém o mais comum é passar anos, décadas, séculos, milênios e não necessariamente ocorrer no mesmo "mundo (globo, astro)".

- Muitos espíritos estão na Terra pela primeira vez e em diversos graus de adiantamento.

Considere também que os espíritos podem conservar-se estacionários em seu progresso, nesse caso a expiação deles consiste em não avançarem e em recomeçarem, no meio conveniente, as existências corpóreas mal-empregadas.

Dessa forma, fica difícil deduzir algum progresso (ou suposta regressão) moral de uma "geração" para outra.


Sua explicação/justificativa não lhe parece muito ad hoc?

E muito pouco falseável, também.

Qual referencial está usando ao dizer:
- "e não é isso que a realidade nos mostra;"?


Que tal o século XX ter sido o mais sangrento da história da humanidade, tanto em guerras (I e II Guerras Mundias, entre outras), quanto em formas de opressão e morticínio de populações inteiras por seus próprios governos (genocídio armênio, holodomor, regime comunista chinês, khmer vermelho etc.), quanto ideologias nocivas (eugenia, racismo, intolerância religiosa), quanto em ganância (veja, por exemplo, https://www.youtube.com/watch?v=IV3dnLzthDA), só para citar alguns aspectos.

O século passado não está tão longe assim. Há menos de 23 anos atrás (menos do que uma geração), ainda era século XX.

Em termos gerais, alguns aspectos, na minha modesta opinião, apresentaram algumas melhorias de geração para geração, por exemplo:
Hoje em dia, salvo exceções, não costuma ser visto com "bons olhos" escravidão, racismo, sexismo, homofobia, discriminação religiosa, penas e castigos cruéis, crueldade com animais, degradação do meio ambiente, ...... .


Eu gostaria realmente de poder concordar que são exceções. Escravidão pode não existir de forma ostensiva no mundo ocidental (leia-se: influenciado pela cultura europeia com herança judaico-cristã), mas é considerada aceitável no mundo muçulmano, por exemplo, e eu conheci pessoalmente uma mulher muçulmana que vivia num regime mais do que “análogo a escravidão”.

Racismo também só não é ostensivamente praticado no mundo ocidental. A China, por exemplo, com 1/6 da população mundial, é extremamente racista e xenofóbica. Mas mesmo no mundo ocidental, a atitude de ficar o tempo todo ressaltando raça deste ou daquele, ou de ter leis que privilegiem este ou aquele com base em critérios subjetivos de cor de pele, ou, como é comum nos Estados Unidos, perguntar ou atribuir rótulos raciais ou étnicos os mais disparatados (tais como “hispânico” (hispanic, que não contempla quem nasceu na Espanha, nome atual da antiga província romana da Hispania, mas sim ameríndios ou mestiços que talvez falem espanhol), “latino” (que não inclui os europeus de herança latina, mas apenas os latino-americanos), “marrom” (qualquer pessoa do oriente médio, mesmo quando a pele nem é tão escura assim) são, sim, racismo. Também existe muito racismo no mundo muçulmano (a tal mulher muçulmana “escrava” que eu mencionei acima era indonésia, e seus “senhores”, também muçulmanos, a escravizavam sem qualquer pudor porque, além de ser mulher, ela não era árabe).

O mundo muçulmano, com algo entre 1/5 e 1/4 da população do planeta também é campeão no sexismo e homofobia, além de discriminação e perseguição religiosa. Este nosso século tem visto um recrudescimento da perseguição e execuções muçulmanas a outras religiões, muito especialmente a cristãos e ateus, não apenas em países de maioria muçulmana, mas também na Europa, nas Américas e na África sub-saariana, que não necessariamente tem maioria muçulmana. Mas também no Ocidente já existe uma hostilidade mais do que perceptível ao cristianismo por parte da cultura secular moderna e ideologias políticas e sociais contrárias a preceitos judaico-cristãos.

Penas e castigo cruéis no século XXI talvez estejam em alta, se comparados ao século passado. De novo, o mundo muçulmano marca presença aqui, mas a China também não pode de modo nenhum ficar fora da lista.


... Então Jesus afirmou de novo: “(...) eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.” (João 10:7-10)


64. Re: Perguntinhas cabulosas

Ricardo Groetaers
ricardogroetaers

(usa Linux Mint)

Enviado em 17/07/2023 - 04:24h

paulo1205 escreveu:
ricardogroetaers escreveu:
Henrique-RJ escreveu:
Muitas vezes o maligno usa a inteligência do homem para o levar para o abismo.

Da mesma forma que usaria a ignorância, a imbecilidade, o fanatismo, onde encontrando guarida mais fácil, teria maior probabilidade de êxito.

Cuidado, Ricardo. Inteligência não é sinônimo de propensão à moralidade, nem a ignorância implica necessariamente a imoralidade ou mesmo a amoralidade.

Da mesma forma que inteligência não é sinônimo de conhecimento e ignorância não é sinônimo de imbecilidade.

paulo1205 escreveu: Seria bom se a inteligência e o conhecimento andassem em conjunto com a justiça e a moralidade, ....

Não tenha dúvida.

paulo1205 escreveu: Ciência e tecnologia são ferramentas, tal como martelo e cinzel: se serão usadas para criar obras de arte ou para destruí-las, vai depender de quem as estiver empunhando.

Pela obra se reconhece o autor.


65. Re: Perguntinhas cabulosas

Paulo
paulo1205

(usa Ubuntu)

Enviado em 17/07/2023 - 05:00h

ricardogroetaers escreveu:

leoCCB escreveu:
3) A Bíblia (que eu acredito ser Sagrada) diz que a salvação é exclusivamete divina, para que ninguém se vanglorie, pois as boas obras que levam à salvação são frutos do Espírito Santo de Deus e não próprios do homem, e além disso as obras devem ser acompanhadas do amor fraternal, senão nada adianta (dar esmola pra se aparecer no face não tem significado espiritual); ....

Infelizmente não entendi o seu texto, alguns termos (conceitos, palavras), me são incompreensíveis.
- salvação? -> estariam todos "condenados" a princípio? Ou seria no sentido de progressão intelectual e ou moral? Ou só a "divindade" teria acesso?


Não me parece que esse conceito deveria lhe ser tão estranho. Uma vez que o espiritismo crê que os espíritos são forçados a encarnar múltiplas vezes para se aperfeiçoarem, parece-me óbvio que estariam todos, de certo modo, “‘condenados’ a princípio”, ainda que não de modo permanente, mas pelo menos por tantos ciclos de encarnação/desencarnação quantos necessários para expiar todas (ou em quantidade suficiente) as suas imperfeições.

Salvação, no sentido cristão, é uma suspensão antecipada da sentença condenatória análoga àquela em que você também crê, concedida não por obra daquele que teve a sentença suspensa, mas pelo pagamento da fiança por Alguém com autoridade e poder suficiente para fazê-lo.

- vanglória? -> ostentação, orgulho, soberbia?:
O homem é livre em seus pensamentos, como já comentei (se não concordas, sem problema), não há como por-lhe travas.
Necessário, portanto, se torna que seja "castigado" (entre aspas) no seu orgulho e que se lhe faça sentir a sua fraqueza e ignorância para que possa compreende-la.


O trecho bíblico trazido pelo leoCCB não se refere à vanglória para dizer que ela é um mal, mas justamente para elucidar como se dá o processo de salvação: todo ele é executado por Deus, através de sua graça para com o ser humano, em nada dependendo do esforço ou mérito humanos, o qual fica, portanto, sem ter de que se gabar diante de Deus, por não faz qualquer sentido alguém se gabar por algo que recebeu de presente perante quem lhe deu esse presente.

Quase sempre, é o próprio homem o causador de seus sofrimentos materiais e morais.


Homem no singular ou no sentido coletivo? Porque há muitos males que são causados por alguns seres humanos contra outros seres humanos. Sua afirmação acima inclui estes, ou os exclui?

De que lhe serviria humilhar-se diante de Deus se, perante os homens, conservasse o seu orgulho?


Nada, pois isso seria o sinal de uma falsa humildade. Possivelmente concordamos neste ponto.

- Obras que levam à salvação são frutos do Espírito Santo de Deus e não próprios do homem, -> "Obras" refere-se aos ensinamentos ou aos atos praticados?
Acredito que se refira aos ensinamentos, senão o "Espírito santo" praticaria os atos e o homem, sem nada fazer, receberia a aludida "salvação"?


Obra é obra, trabalho, aquilo que se produz. Se fosse ensinamento recebido de Deus, não seria obra humana.

As boas obras aqui são frutos (ou consequências) necessárias da presença do Espírito de Deus na vida do homem. Não são ações criadas por Deus, nas quais um autômato com forma humana simplesmente se mexe como programado para se mexer, mas por livre expressão de seu amor por Deus e em gratidão a Ele, realiza em benefício de seus irmãos humanos.

Um ponto importante: para o cristão, a salvação não é o alvo final, mas sim o ponto de partida.

- Espírito Santo de Deus -> o que seria isso? Um espírito privilegiado? Acredito que não.
Provavelmente a lenda refere-se a um espírito mais evoluído, também chamado de Anjo de guarda (ou outro nome) que guia o seu protegido, o auxilia com seus conselhos, consolá-o nas suas aflições e levanta-lhe o ânimo nas provas da vida.
Constitui isso um mérito para ele próprio, que lhe é levado em conta, seja para seu progresso, seja para sua felicidade. Sente-se bendito quando vê bem-sucedidos os seus esforços, o que representa para ele um triunfo, como semelhante é, para um educador, os bons êxitos do seu educando.


Creio que suas perguntas sejam retóricas, não? Pois qualquer um que saiba o mínimo sobre cristianismo sabe que todo cristão que se preza acredita na Trindade Divina, que consiste em um único ser indivisível mas com três pessoas distintas e sem confusão entre si: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Então, o Espírito Santo é mais do que um mero “espirito evoluído”: é o Espírito Perfeito, o próprio Deus.

- senão nada adianta (dar esmola pra se aparecer no face não tem significado espiritual); -> Golpe da esmola a parte,
Uma sociedade que se baseie na Lei de Deus e na justiça deve prover à vida do fraco, sem que haja para ele humilhação.
Aquele que compreende a caridade de acordo com Jesus, vai ao encontro do desgraçado, sem esperar que este lhe estenda a mão.


Boas palavras. Mas com qual finalidade? Para expiar seu karma, ou como fruto de algo primeiramente recebido de Deus?

Alguém que faça o bem com o intuito de “evoluir” e abreviar seus supostos ciclos de encarnação/desencarnação está realmente preocupado com o próximo, ou está mais preocupado consigo mesmo e seu estado espiritual? Ou essa não é uma questão relevante para quem crê no espiritismo?


... Então Jesus afirmou de novo: “(...) eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.” (João 10:7-10)


66. Re: Perguntinhas cabulosas

Ricardo Groetaers
ricardogroetaers

(usa Linux Mint)

Enviado em 17/07/2023 - 07:50h

paulo1205 escreveu:
ricardogroetaers escreveu:
leoCCB escreveu:
Mas deixar essas almas queimando, sofrendo e gemendo durante a eternidade (por pior q tenha sido o cidadão) não vai cotra a filosofia de amar ....
...não deve ser assim... não faço ideia de como é, mas no mínimo não creio q seja eterno. ..

Isso seria a negação da bondade e da justiça de Deus.
Contradição entre atribui-lhe a bondade e justiça infinitas e paradoxalmente a hipotética vingança infinita.
Impor sua justiça a seus "filhos" sem lhes dar os meios para copreende-la.
Seria negar-lhes a progressão intelectual e moral, o mesmo que dizer que a criança não pode se tornar adulta.

1) O cuidado que se tem de ter antes de afirmar o que você afirmou é que você pode estar atribuindo a Deus um noção de justiça que não é a dEle, mas sim a sua. Você pode estar fazendo um deus conforme a sua própria imagem e o seu próprio entendimento. Isso é nada mais é do que idolatria.

2) Punição ou castigo não são sinônimos de vingança. Um pai ou mãe amorosos que pune um filho desobediente não o faz (ou pelo menos não deveria fazê-lo) para vingar-se da desobediência, mas para educar o filho sobre as possíveis e até prováveis consequências negativas de atos injustos e impiedosos ao longo de toda a vida. ...

1) Razoavelmente a minha noção de justiça não pode ser mais sábia que a justiça de Deus.
E qual seria a justiça de Deus?

2) E não é exatamente isso? "lhes dar os meios para compreendê-la."

paulo1205 escreveu: Mas há outras confusões suas a respeito da fé cristã em sua postagem. Por exemplo:
3) • Assumir que todas as pessoas são filhas de Deus. O ensino apostólico chama de filhos _por adoção_ de Deus apenas aqueles que aceitam sua oferta de justificação, ....
4) • Dizer que Deus não dá meios para que os seres humanos compreendam sua justiça.
5) • Postular que Deus, sendo Todo-Poderoso a ponto de criar todo o universo, de algum modo não poderia de modo nenhum impor Sua justiça sobre de sua criação.
6) • Julgar que, para ser “adulto”, o tempo de uma vida não basta. Mais engraçado ainda é tratar como análogos o tornar-se adulto e o progresso moral. Penso que não faltam exemplos de adultos que são verdadeiros monstros morais. Ou ser criança ou adulto não tem nada a ver com o que se conhece como “criança” e “adulto”, mas refere-se a número de encarnações?
7) • A inteligência da qual cada ser humano encarnado é dotada (por Deus?) no momento do nascimento não seria um meio de compreender a justiça de Deus? Então como pode a acusação feita anteriormente sobre não dar meios de compreensão a seus “filhos”? Não conta? O que conta, então?

3) • E não são todos filhos de Deus?
Desculpe, mas só entre os egoístas se disseminam a iniquidade, a discriminação.
Absurdo pretender que Deus, tão bom, tão justo, fosse pior do que nós mesmos.
4) • e 5) • Onde eu disse isso?
6) • Linguagem figurada, refere-se ao progresso intelectual e moral do espírito.
7) • Refere-se ao absurdo sem lógica das penas e sofrimentos eternos por "faltas" que não foram eternas, mais frutos da ignorância do que da malícia, na maioria dos casos.



67. Re: Perguntinhas cabulosas

Ricardo Groetaers
ricardogroetaers

(usa Linux Mint)

Enviado em 17/07/2023 - 08:45h

paulo1205 escreveu:
- senão nada adianta (dar esmola pra se aparecer no face não tem significado espiritual); -> Golpe da esmola a parte,
Uma sociedade que se baseie na Lei de Deus e na justiça deve prover à vida do fraco, sem que haja para ele humilhação.
Aquele que compreende a caridade de acordo com Jesus, vai ao encontro do desgraçado, sem esperar que este lhe estenda a mão.

Boas palavras. Mas com qual finalidade? Para expiar seu karma, ou como fruto de algo primeiramente recebido de Deus?
Alguém que faça o bem com o intuito de “evoluir” e abreviar seus supostos ciclos de encarnação/desencarnação está realmente preocupado com o próximo, ou está mais preocupado consigo mesmo e seu estado espiritual? Ou essa não é uma questão relevante para quem crê no espiritismo?

Obs: Na doutrina Espírita não existe esse tal de "karma".

Da mesma forma, alguem que faça o bem com intuito de obter a "salvação" estaria preocupado com o próximo? Ou está mais preocupado consigo mesmo no seu estado pecador?


68. Re: Perguntinhas cabulosas

Ricardo Groetaers
ricardogroetaers

(usa Linux Mint)

Enviado em 17/07/2023 - 08:57h

paulo1205 escreveu:
Diz a lenda que Deus dotou o homem de inteligência, raciocínio lógico e juizo crítico.
Essas características são para serem usadas e não confinadas na cristaleira.
O que representa o tempo de uma existência corpórea nesse globo que habitamos diante da eternidade?
Seria esse tempo decisório para penas e ou gozos eternos?
A própria razão lhe dirá.

Razão de quem? Com base em quais pressupostos?
A minha pode dizer algo diferente da sua, .....

Voce já respondeu; a sua própria razão lhe diz. Tens a liberdade do pensamento e das convicções.


69. Re: Perguntinhas cabulosas

Ricardo Groetaers
ricardogroetaers

(usa Linux Mint)

Enviado em 17/07/2023 - 10:52h

paulo1205 escreveu:
Que alguns dos meus conhecidos que são espíritas digam que o inferno é este universo que conhecemos, e nós que aqui estamos só estamos porque nos cabe expiar uma falta de suficiente evolução desde que fomos criados — que é quase o mesmo que dizer “desde sempre”, para nós — não faz com que soe aos meus ouvidos cristãos muito mais bondoso da parte do deus no qual eles creem, diga-se de passagem....

Para uns o inferno, para outros o purgatório, para outros o paraíso, para outros uma escola, para outros uma missão.
Para outros, apenas palavras ditas em sentido figurado.




70. Re: Perguntinhas cabulosas

Paulo
paulo1205

(usa Ubuntu)

Enviado em 17/07/2023 - 11:00h

ricardogroetaers escreveu:

paulo1205 escreveu:
Boas palavras. Mas com qual finalidade? Para expiar seu karma, ou como fruto de algo primeiramente recebido de Deus?
Alguém que faça o bem com o intuito de “evoluir” e abreviar seus supostos ciclos de encarnação/desencarnação está realmente preocupado com o próximo, ou está mais preocupado consigo mesmo e seu estado espiritual? Ou essa não é uma questão relevante para quem crê no espiritismo?

Obs: Na doutrina Espírita não existe esse tal de "karma".


Não é karma um sinônimo da suposta lei de causa e efeito? Ainda que o termo em si não apareça na literatura kardecista (você não disse se é kardecista ou não, então eu não tenho certeza de a qual espiritismo você está se referindo; existem umbandistas que se referem à sua religião como um tipo de espiritismo), o conceito por trás do termo parece-me ser bem central para a crença como um todo.

Da mesma forma, alguem que faça o bem com intuito de obter a "salvação" estaria preocupado com o próximo? Ou está mais preocupado consigo mesmo no seu estado pecador?


Por isso eu disse com bastante clareza que a salvação na fé cristã não é um alvo, mas sim um ponto de partida. O ensino de Jesus e dos apóstolos sempre foi o da gratuidade da salvação, e da inutilidade de qualquer tipo de esforço humano para obtê-la. Boas obras são sinais de algo recebido, não meios de recebê-lo.


... Então Jesus afirmou de novo: “(...) eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.” (João 10:7-10)


71. Re: Perguntinhas cabulosas

LinuxWalker
Delusion

(usa Debian)

Enviado em 17/07/2023 - 13:19h

coisa que nunca entendi, em relação a nenhuma religião, cada uma com seu salvador, mas vai salvar de quê?



72. Re: Perguntinhas cabulosas

Ricardo Groetaers
ricardogroetaers

(usa Linux Mint)

Enviado em 17/07/2023 - 14:41h

paulo1205 escreveu:
1) Não é karma um sinônimo da suposta lei de causa e efeito? Ainda que o termo em si não apareça na literatura kardecista (você não disse se é kardecista ou não, então eu não tenho certeza de a qual espiritismo você está se referindo; existem umbandistas que se referem à sua religião como um tipo de espiritismo), o conceito por trás do termo parece-me ser bem central para a crença como um todo.

2) Por isso eu disse com bastante clareza que a salvação na fé cristã não é um alvo, mas sim um ponto de partida. O ensino de Jesus e dos apóstolos sempre foi o da gratuidade da salvação, e da inutilidade de qualquer tipo de esforço humano para obtê-la. Boas obras são sinais de algo recebido, não meios de recebê-lo.

Observações:
Não tenho religião.
O espiritismo não é estático, imutável, fechado, absoluto.
Dai várias "derivações", Macumba, Umbanda, Candomblé, Ramatis, Universo em Desencanto, ......
Voltando ao assunto do tópico que o @SamL fidalgamente nos presenteou:

1) Causa e efeito refere-se a propriedades, fenômenos da natureza (alguns taxados de sobrenaturais), nada a ver com a "lei do progresso".
Karma, eu interpretava como uma variação da lei do pecado, trazida por alguns para dentro do espiritismo como se nele existisse dessa forma.
2) Para mim, posso estar interpretando errado, essa lei da salvação configura-se estranha.
Deus "compra" o "pre condenado, pre culpado" que, a princípio nada fez de errado (supondo-se criação simultânea de alma e corpo), e se este "vacilar", já era.
Acredito que estou equivocado nessa interpretação.






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