SamL
(usa XUbuntu)
Enviado em 26/07/2023 - 17:54h
Delusion escreveu:
SamL escreveu:
Você está certo; nada substitui a experiência individual, no condicionamento do pensar, que poderia ser classificado ou não como aprendizado, dependendo do nível de exigência.
Maaaaass... justamente por ser subjetiva, não serve para o outro. Ainda mais se a palavra não contempla, ou a comunicação em si não é adequada.
O que a história das ciências nos mostra é que essa tal subjetividade é uma das maiores armadilhas no entendimento do mundo.
A questão da definição é bem simples; se eu estiver falando do flamengo e você do vasco, podemos discutir eternamente sem proveito algum. Esse é o caso com termos como consciência. Nós só sabemos que os processos cerebrais estão atrelados a algo, que denominamos consciência. A partir daí, não há ciência de fato, apenas suposições ou... abordagens psicanalíticas, onde se usa "A" para definir "B" e depois se usa "B" para definir "A". Nesse nível de lógica, nem discuto nada; está tudo SERTO:)
Discordo quanto à utilidade da palavra, será que existiria pensamento sem palavra? Será que existiria entendimento sem pensamento?
Nós só avançamos no entendimento do mundo a partir da descrição do mundo em palavras, daí veio a filosofia.
Já a questão da parte descrever o todo, não vejo problema, não teria como ser diferente, é o processo de indução. Para mim, a definição cartesiana de infinito dá e sobra.
Entendo teu ponto, mas o que eu disse sobre palavras, eu me referia também ao raciocinio formal, digo, via matemática que pode ser provado por lógica como limitado, digo, insuficiente pra explicar toda a realidade.
[já já volto nesse ponto porque é interessante]
Quanto ao caso do flamengo vs vasco, há uma limitação no seu raciocínio sobre a situação Veja que, no caso dessa discussão, vc tem como não proveitoso para apenas as partes na discussão, mas isso não limita a situação porque o que é não-proveitoso pra essas duas pessoas de times diferentes, pode ser proveitoso pra uma terceira pessoa que está apenas assistindo a discussão, é ai que vem o que eu disse sobre basta dar tempo pra aparecer uma nova adição na definição de absoluto infinito, alguém, (um terceiro agente) vai se aproveitar da discussão entre flamengo e vasco e adicionar uma nova definição superior ao caso em questão.
Vou te mostrar um experimento sobre subjetividade na visão pessoal da realidade:
ver aqui é só 10 min
https://www.youtube.com/watch?v=pDxcnZ_mmo0
Esse é apenas um de vários experimentos onde a ciência atual falha em explicar.
O que significa na prática?
Que a forma como a ciência atualmente trabalha/ver a realidade não é suficiente pra explicar tal realidade, e que é preciso sim de usar subjetividade para explicar tal realidade, ou pelo menos avançar mais um pouco.
Infelizmente, esse paradigma do pensamento sistêmico não é amplamente aceito, porque, como disse outro cientista que me falha o nome agora: a ciência avança funeral após funeral. Ou seja, morrem os cientistas que apenas atrasam a adoção de novas ideias, e vem uma nova geração mais aberta que aceita discutir o paradigma atual.
Agora voltando sobre as palavras:
Discordo quanto à utilidade da palavra, será que existiria pensamento sem palavra? Será que existiria entendimento sem pensamento?
Eu pergunto: vc tem certeza absoluta que pensamentos precisam ser expressos em palavras? Digo, pensar "ouvindo sua própria voz na cabeça"?
Se sim, eu lamento, mas isso também é ilusão. Albert Einstein não ouvia nenhuma voz na cabeça dele, segundo o que li sobre, ele só conseguia pensar por imagens. E acredite ou não, eu conheci uma mulher que fazia a mesma coisa. Ou seja, o que pode ser uma aparente "verdade" falta apenas achar um contra exemplo para aquilo não passar de ilusão. E se pensamentos realmente só pudessem ser expressados por palavras mentais, como alguém que nunca ouviu nenhuma palavra consegue pensar? E um surdo mudo desde nascença pensa como? E como fica o caso de uma menina que nasceu surda, muda, e cega? Mas que conseguiu aprender a se comunicar via tato (ver caso da professora hellen keller (tem filme)). Viu só? até vc mesmo usou de subjetividade para falar sobre palavras e tentar um contra argumento do que eu falei antes. É por isso que negar a subjetividade como parte da realidade é uma péssima estratégia, porque a realidade em si não é
somente objetiva como pode pensar a maioria dos cientistas materialistas, mas também subjetiva.
E vou falar (tentar na verdade) agora sobre um assunto que ainda estou estudando que é o limite da matemática (e raciocinio humano):
-na teoria da incompletude de Godel, é dito que a matemática não pode ser consistente e completa ao mesmo tempo. Isso signifca que se um dia provar que a matemática é consitente (sem contradição) ela será por definição incompleta que não pode descrever toda a realidade). Mas se um dia for provado que ela é completa, então, ela será contraditória. Isso foi demonstrado por kurt godel nos anos de 1930 e hoje é bem aceito no ramo da matemática. Expandindo o conceito, na prática, signifca que palavras são insuficientes pra explicar a realidade total, o que dá pra ter é uma escolha: ou vc escolhe que a matemática é completa mas contraditória, ou escolhe que ela é incompleta mas sem contradição.
Os matemáticos desde então escolheram tornar a matemática consistente (sem contradição), o mesmo caso com as palavras: as pessoas acreditam que palavras são suficientes pra explicar tudo que sentem, ou vivem, ou experienciam. E ai as usam para transmitir experiência. Porém, quando outra pessoa vê/ouve tais palavras, na cabeça dela surge outra experiência diferente da pessoa que falou (percepção diferente da realidade). Palavras são como mapas, dão apenas noção do território mas não são o território, e por isso são limitadas.
Mesmo que do seu ponto de vista, pareça sem proveito nenhum essa conversa entre flamengo e vasco, ainda assim, de um ponto de vista externo a conversa, vai ser proveitoso de alguma forma pra alguém em algum lugar do tempo ou espaço.
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