lcavalheiro
(usa Slackware)
Enviado em 01/07/2013 - 14:16h
Buckminster escreveu:
Posso estar enganado, mas eu não vislumbro outra maneira de começar a resolver as coisas sem ser tirar essa gente do governo.
Mas de forma legal. Se for feito de forma legal, como no caso do Collor, não é golpe de Estado e nunca será.
O grande problema do impedimento da Dilma é a forma como será feito. O único obstáculo que eu vejo nisso é que o próprio governo pode alegar que estão dando o golpe e se apoderar de vez através da força e assim, conseguir o que quis quando começou com todas essas manifestações.
Ou seja: voltamos ao que eu disse lá no início, e a razão pela qual eu não assinei: não é prudente neste momento. Em um futuro, quando a coisa estabilizar mais e se tornar mais predizível, esse tipo de petição é bem-vinda, já que
se há interesse em manter os ritos processuais estabelecidos em lei creio que o povo tem o direito de reclamar do governo que tem. Neste momento, porém, seria o cenário perfeito para qualquer candidato à golpista.
Buckminster escreveu:
"Nesse caso, João... a culpa não é do salário mínimo, é culpa da política populista. Não entro no mérito se o Bolsa Família foi ou não uma boa idéia, mas supondo que tenha sido (e peço que você aceite isso mesmo que seja apenas como hipótese indutiva do argumento que se segue) esse programa deveria funcionar como paliativo e incentivo a soluções mais permanentes.
Porém, é para mim coisa irracional crer que alguém se sujeitaria a viver com menos de R$150 apenas por que não quer trabalhar. Se encher de filhos pra ter mais bolsas é ainda mais irracional, já que o dinheiro de uma bolsa mal cobre o que um filho precisa por mês. Ademais, programas de redistribuição de renda entre necessitados não são uma invenção do Patropi, mas uma idéia importada dos welfare states europeus, nomeadamente os países escandinavos e a Inglaterra.
Concordo com você em gênero, número e grau.
Esses bolsas isso, bolsa aquilo, devem ser programas temporários e devem vir acompanhados de uma orientação e fiscalização séria. Ou seja, algo assim: vamos te dar uma ajuda, mas você tem que estudar e trabalhar enquanto recebe essa ajuda. E com início e fim com datas certas.
Atualmente, o Bolsa Família é vinculado à presença da criança na escola. Todo final de bimestre (que é quando as frequências são verificadas pelo programa) chove mãe e pai de aluno na escola, porque os filhos mataram aula demais, vão perder o benefício e querem saber o que pode ser feito. Teve até um caso de uma garota que largou a escola pra virar
[*****] e não contou nada pra mãe nem pra ninguém. A garota teve a matrícula cancelada por abandono, e a mãe apareceu chorando sem saber o que fazer. Depois do incidente foi que eu descobri que ela tinha virado
[*****], e foi por acaso: cerveja de puteiro costuma ser mais barata (fora o fato que ninguém é de ferro) e eu vi a cidadã por lá.
Buckminster escreveu:
Porém, isso é uma questão de índole de quem o criou. Essa gente não criou o bolsa família para tirar a população da pobreza. Criou para deixar a população na pobreza e, além disso, agora dependente do governo.
Por isso aumentaram barbaramente os impostos. Estão mantendo quase metade da população no "cabresto" econômico e a outra metade é que sustenta isso e a casta do governo vai enriquecendo e aumentando o poder.
A coisa é simples, não se precisa de explicações econômicas mirabolantes para isso.
É claro, não podemos esquecer do aspecto eleitoreiro do programa... alguém tem que bancar a fanfarronice dos marajás, e esse alguém sempre será o povo - até que o povo destrone os marajás, corte-lhes as cabeças e as pendure em estacas.